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Pesquisa aborda ação de enfermeiros em casos de sepse

Estudo teve como objetivo avaliar a resposta da autoeficácia e do julgamento clínico de enfermeiros para o manejo da sepse, a partir de simulação clínica de alta fidelidade

Getty Images

Fonte

UFSCar | Universidade Federal de São Carlos

Data

quarta-feira, 12 dezembro 2018 19:05

Áreas

Enfermagem. Urgência e Emergência. Saúde Pública. Simulação.

“Julgamento clínico e autoeficácia de enfermeiros para o manejo da sepse: uso da simulação clínica” é o título da pesquisa de doutorado realizada por Lilian Regina de Carvalho, junto ao Programa de Pós-Graduação em Enfermagem (PPGEnf) da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar). O estudo – orientado pela professora Dra. Silvia Zem-Mascarenhas, do Departamento de Enfermagem (DEnf) da Instituição -, foi a primeira tese defendida no Programa.

A sepse é um conjunto de manifestações graves em todo o organismo produzidas por uma infecção. O quadro era chamado de septicemia ou infecção no sangue e, atualmente, é conhecido como infecção generalizada. O quadro de sepse é grave e pode levar o paciente a óbito se não for identificado e tratado com urgência. De acordo com o Instituto Latino Americano de Sepse, a doença é a principal causa de morte nas Unidades de Terapia Intensiva (UTI) e uma das principais causas de mortalidade hospitalar tardia, superando o infarto do miocárdio e o câncer. Tem alta mortalidade no Brasil, chegando a 65% dos casos, enquanto a média mundial está em torno de 30 a 40%.

“A motivação para pesquisar o assunto partiu da relevância da sepse, que já é considerada um problema de saúde pública e um desafio para as organizações de saúde por estar entre as principais causas de morte de pacientes hospitalizados”, aponta Lilian de Carvalho. Ela também explica que o enfermeiro tem um papel fundamental no reconhecimento precoce da infecção, para início imediato das intervenções necessárias. “Enfermeiros capacitados podem realizar uma rápida intervenção após a detecção da sepse, uma vez que o índice de mortalidade cai drasticamente quando a primeira dose do antibiótico é administrada na primeira hora”, complementa ela.

Para capacitar esses profissionais no diagnóstico precoce, o estudo teve como objetivo avaliar a resposta da autoeficácia e do julgamento clínico de enfermeiros para o manejo da sepse, a partir de simulação clínica de alta fidelidade. A pesquisa utilizou a simulação com enfermeiros para estimular o julgamento e a tomada de decisão em uma situação específica de atendimento ao paciente. “A simulação clínica é uma estratégica importante para alunos e profissionais que se mostram mais interessados quando se utilizam metodologias ativas, com possibilidade de experimentação, sem a exposição de um paciente real”, explica a orientadora.

O cenário para a realização das simulações foi desenvolvido em um hospital de ensino de alta complexidade na cidade de São Carlos, com a participação de 28 enfermeiros da instituição. De acordo com a pesquisadora, os resultados dos testes aplicados mostraram que com a simulação foi possível aprimorar o conhecimento e julgamento clínico do enfermeiro no manejo da sepse. “Após a simulação, os participantes relataram estar mais preparados para a identificação precoce da sepse, bem como para a intervenção urgente. Atributos que refletem em uma assistência segura e de qualidade”, garante Lilian Carvalho.

O principal resultado do estudo foi a comprovação de que o uso da simulação melhorou o julgamento clínico, a autoeficácia e o conhecimento dos enfermeiros no que se refere à sepse. “A pesquisa mostra também que a simulação pode ser utilizada para a capacitação de enfermeiros no local de trabalho, trazendo benefícios aos profissionais e, consequentemente, à população”, destaca a pesquisadora.

Acesse a notícia completa na página da UFSCar.

Fonte: Gisele Bicaletto, UFSCar. Imagem: Getty Images.

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