Notícia
Novo tratamento pode prevenir a neuropatia em pacientes diabéticos
Retirada de substância química que se acumula no diabetes pode reverter a neuropatia diabética e a dor
Divulgação
Fonte
Universidade Northwestern
Data
domingo, 25 setembro 2016 15:08
Áreas
Neurologia. Dermatologia. Endocrinologia. Terapia Genética.
Para os 25 por cento dos pacientes com diabetes tipo 2 que sofrem de dormência e dor em seus pés, um novo tratamento dermatológico que está sendo testado por cientistas da Universidade Northwestern, nos Estados Unidos, poderia ajudar a prevenir e talvez até mesmo reverter a neuropatia.
Em um estudo publicado recentemente na revista científica Molecular Pain, pesquisadores da Escola de Medicina da Universidade Northwestern mostraram que, ao exaurir a substância química chamada GM3 por modificação genética, houve o impedimento do desenvolvimento da neuropatia em ratos diabéticos obesos.
Terapia Genética para tentar reverter dor debilitante e a neuropatia
Os investigadores aplicam uma pomada para terapia genética a fim de esgotar a GM3 e a GM3 sintase, que é a enzima que produz a GM3. A esperança é que este produto, aplicado por enquanto apenas em ratos diabéticos, irá prevenir ou, melhor ainda, reverter a neuropatia já existente.
“Hoje em dia nós estamos, basicamente, tratando a dor. Esta é uma abordagem baseada na patogênese que olha para o que está causando a neuropatia e que faz a reversão em vez de apenas tratar a dor “, disse o Dr. Amy Paller, professor de dermatologia na Escola Feinberg de Medicina da Universidade Northwestern e diretor do Centro de Pesquisas em Doenças da Pele da Universidade Northwestern.
O tipo de neuropatia que os pesquisadores estão tentando tratar vai além da dormência típica que alguns pacientes sentem com a neuropatia, disse a Dra. Daniela Menichella, professora assistente de neurologia na Escola de Medicina da Universidade Northwetern, cujo foco é o cuidado clínico e a pesquisa sobre a neuropatia diabética.
“Não é que você simplesmente não tem sensibilidade nos seus pés”, disse a Dra. Daniela. “Você tem dor aguda, que é a parte insuportável. A dor é uma doença debilitante e uma das piores complicações do diabetes “.
Esgotar a GM3 impede neuropatia
Os pesquisadores que realizaram este tratamento em laboratório descobriram que os ratos diabéticos tinham muito mais GM3 e GM3 sintase em seus nervos em comparação com ratos normais. Eles encontraram os mesmos resultados na pele de ratos e seres humanos com diabetes.
Em seguida, os cientistas compararam a aparência e a função dos nervos em ratos nos quais a GM3 foi esgotada por manipulação genética. Para testar a resposta à dor, os pesquisadores usaram filamentos para aplicar força crescente nas patas de ratos e depois cronometraram quanto tempo levou para os ratos retirarem a pata do estímulo da dor.
“Os ratos diabéticos tiveram alterações nervosas que intensificaram a sensação de dor, e eles experimentaram muita dor com apenas um toque”, disse o Dr. Paller. “Quando foi esgotada sua GM3, eles não retiraram a pata mais rapidamente do que os ratos sem diabetes.”
Com base nestas descobertas, os pesquisadores têm avançado na abordagem de esgotar regionalmente a GM3 nos pés com a nova pomada.
“Se os estudos parecem promissores em ratos, o nosso objetivo de longo prazo seria melhorar a segurança dos testes e avançar para testes clínicos em humanos para prevenir e/ou reverter o desenvolvimento de neuropatia diabética“, disse o Dr. Paller.
Fonte: Universidade Northwetern. Imagem: Divulgação.
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