Notícia

Nova tecnologia pode ajudar a diagnosticar e tratar doenças respiratórias

Divulgação, Universidade Monash

Fonte

Universidade Monash

Data

quarta-feira, 12 fevereiro 2020 15:30

Áreas

Bioeletrônica. Engenharia Biomédica. Imagens e Diagnóstico. Medicina. Pneumologia.

Pela primeira vez, pesquisadores levaram a tecnologia geralmente limitada às instalações síncrotron de alta tecnologia para um ambiente comum de laboratório e aplicaram novas imagens quadridimensionais de velocidade de raios-X (Tecnologia XV) para fornecer imagens em tempo real sensíveis e em alta definição do fluxo de ar através dos pulmões em organismos vivos.

O estudo, liderado pela Dra. Rhiannon Murrie, do Departamento de Engenharia Mecânica e Aeroespacial da Universidade Monash, na Austrália, mostra o provável impacto dessa tecnologia na detecção, monitoramento e tratamento de doenças respiratórias por meios não invasivos. A tecnologia também tem o potencial de verificar se os tratamentos para doenças respiratórias estão funcionando mais precocemente.

Desde então, a tecnologia foi comercializada pela empresa de tecnologia médica australiana 4Dx Limited, liderada pelo CEO e ex-pesquisador da Universidade Monash, professor Dr. Andreas Fouras. A tecnologia foi aprimorada para ensaios clínicos em humanos nos EUA, com a Fase I já concluída com sucesso.

O estudo foi publicado recentemente na revista Scientific Reports.

“O diagnóstico precoce e o monitoramento contínuo de doenças pulmonares genéticas e crônicas, como fibrose cística, asma e câncer de pulmão, atualmente são dificultados pela incapacidade de capturar a distribuição espacial da função pulmonar durante o processo respiratório no pulmão. Como os testes de função pulmonar são medidos na boca, esses testes são incapazes de localizar onde, no pulmão, qualquer alteração na função se origina. Além disso, a tomografia computadorizada, ao fornecer imagens 3D de qualidade, não pode visualizar o pulmão enquanto está respirando, o que significa que o fluxo de ar pelas vias aéreas e para o tecido pulmonar não pode ser medido. ”

A pesquisa do Dr. Murrie e a colaboração multidisciplinar de físicos, engenheiros, biólogos e clínicos estão mudando essa abordagem para o diagnóstico e tratamento de doenças pulmonares, determinando o movimento pulmonar funcional e o fluxo de ar em camundongos vivos, adquiridos através da tecnologia de raios-X da 30 quadros por segundo.

A comparação de um modelo de fibrose cística em camundongo com um camundongo saudável (controle) permitiu que os pesquisadores observassem uma redução dramática na aeração do pulmão do animal doente, em grande parte devido a uma obstrução nas vias aéreas.Os pesquisadores foram capazes de identificar os locais exatos onde estavam presentes deficiências pulmonares e o local da obstrução que restringia o fluxo de ar.

O teste bem-sucedido abre caminhos para que as doenças respiratórias sejam diagnosticadas, tratadas e gerenciadas mais cedo do que a tecnologia atual permite e com uma dose de radiação menor que a atual tomografia computadorizada.

“A capacidade de executar essa técnica no laboratório torna possíveis estudos longitudinais sobre a progressão da doença e o desenvolvimento do tratamento em instalações facilmente acessíveis. Esta descoberta é um passo empolgante no avanço da compreensão de doenças e tratamentos pulmonares que afetam milhões de pessoas em todo o mundo, e particularmente para aqueles com fibrose cística, que afeta mais de 70.000 pessoas em todo o mundo”, concluiu a Dra. Murrie.

Acesse o artigo científico completo (em inglês).

Acesse a notícia completa na página da Universidade Monash (em inglês).

Fonte: Universidade Monash. Imagem: Divulgação, Universidade Monash.

 

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