Notícia

Pré-eclâmpsia: grupo de pesquisa da UFRN realiza estudo para promover diagnóstico precoce

Descoberta de novos biomarcadores da pré-eclâmpsia pode ser útil no diagnóstico precoce da doença

Divulgação

Fonte

UFRN | Universidade Federal do Rio Grande do Norte

Data

sexta-feira, 22 março 2019 09:20

Áreas

Metabolismo. Análises Químicas.

A gravidez é uma fase que inspira uma série de cuidados especiais com a saúde da mulher e da criança que está sendo gerada. Durante esse período muitas doenças podem acometer a gestante e causar graves consequências. No mundo inteiro, uma das enfermidades que mais atinge as mulheres grávidas é a pré-eclâmpsia que, em manifestações mais graves, pode até mesmo levar a mãe e bebê a óbito.

Essa doença promove o aumento da pressão arterial da mãe e, em casos específicos, pode evoluir para a eclâmpsia, uma forma mais grave da doença e que pode causar convulsões, sangramentos vaginais e coma. Nesse contexto é muito importante entender bem como funciona esse distúrbio, como tratá-lo e também como identificá-lo.

Uma equipe ligada ao Grupo de Pesquisa em Doenças Metabólicas (GPDM), do Departamento de Análises Clínicas e Toxicológicas da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) está envolvida em um trabalho que tem como principal objetivo promover um diagnóstico precoce e preciso da pré-eclâmpsia por meio de biomarcadores urinários. A pesquisa, intitulada “Avaliação da Associação da Vitamina D com o Desenvolvimento da Pré-Eclâmpsia e de Proteínas dos Exossomais Urinárias como Marcadores Precoces da Doença” é orientada pela professora Dra. Marcela Ururahy, vinculada ao Departamento de Análises Clínicas e Toxicológicas da UFRN e coordenadora do GPDM.

A pesquisa

Na prática, nos dias atuais, já existem mecanismos que ajudam a identificar a pré-eclâmpsia, como explica a professora Marcela: “o diagnóstico da doença se dá, principalmente, por características clínicas, sendo comum ainda observar a presença de grande quantidade de proteínas totais na urina das gestantes doentes”. No entanto, o estudo do GPDM utiliza uma metodologia inovadora, que envolve a pesquisa de algumas proteínas localizadas em estruturas que podem ser consideradas como minicélulas e que são eliminadas na urina.

“Acreditamos que a pesquisa de proteínas específicas (marcadoras de podócitos – células renais, que estão diretamente relacionadas com o processo de filtração renal) obtidas por meio de uma metodologia inovadora [presentes em vesículas extracelulares isoladas na urina], poderia levar à descoberta de biomarcadores da pré-eclâmpsia”, como explica a professora. A descoberta desses biomarcadores pode ser útil para o diagnóstico precoce da  doença.

A Dra. Marcela acredita que até julho de 2019 o projeto estará concluído. Enquanto isso, a equipe envolvida no trabalho continua com as atividades. Apesar do estudo ainda estar em andamento, alguns resultados parciais importantes já foram observados.

“Até o momento nós podemos perceber um aumento na expressão dessas proteínas nas gestantes com pré-eclâmpsia, que têm suas amostras coletadas quando elas estão internadas aqui na UTI materna. Essas expressões estão aumentadas quando comparadas com as de gestantes que não têm alterações na pressão arterial. Isso sugere que essas proteínas podem vir a ser biomarcadores precoces da pré-eclâmpsia em um futuro próximo”, finaliza a Dra. Marcela Ururahy.

Acesse a notícia na página da UFRN.

Fonte: Lucas Melo, AGECOM da UFRN. Imagem: Divulgação.

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