Notícia

Pesquisa detecta células cerebrais de facilitação da aprendizagem

Resultado vem de parceria entre pesquisadores do Instituto do Cérebro da UFRN e da Universidade de Uppsala, na Suécia

Agência de Comunicação da UFRN - AGECOM

Fonte

UFRN | Universidade Federal do Rio Grande do Norte

Data

sexta-feira, 10 agosto 2018 13:40

Áreas

Neurologia. Neurociências.

Pesquisadores do Instituto do Cérebro da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (Ice-UFRN), em colaboração com pesquisadores da Universidade Uppsala, na Suécia, deram um passo importante na descoberta de neurônios que desempenham papel crucial no processo de aprendizagem. Eles constataram que a inativação de certos tipos de neurônios do hipocampo facilita consideravelmente o aprendizado. Este trabalho tem enorme relevância, pois permite compreender o funcionamento do processo de aprendizagem e pode, no futuro, impactar no tratamento da demência.

No Brasil, o número de pessoas com Alzheimer, por exemplo, já atinge cerca de 1,2 milhão de pessoas, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em pesquisa de 2016. É comum que uma pessoa com este tipo de doença se esqueça de acontecimentos recentes, mas se lembre com clareza de coisas que aconteceram há muitos anos em sua vida. Ambos os casos implicam o uso de memória episódica, o armazenamento do cérebro de eventos nos quais estivemos pessoalmente envolvidos. Isso porque a demência prejudica a capacidade de formar novas memórias, especialmente de eventos desde o início da doença.

Com o título “OLMα2 Cells Bidirectionally Modulate Learning” (Células OLMα2 modulam bidirecionalmente a aprendizagem) o trabalho foi publicado na revista científica Neuron, uma das mais importantes na área de Neurociências. O estudo constatou que as células “guardiãs do portão da memória” ou, no jargão técnico, células OLM (Oriens-lacunosum moleculare), quando superativadas em experimentos com camundongos de laboratório, provocaram deterioração na memória e nas funções de aprendizagem dos animais. Quando inativadas, a função da nova formação de memória melhorou. O mesmo grupo de pesquisadores formado pelos professores Dr. Richardson Leão, Dr. Adriano Tort e o Dr. Arthur França, todos do Ice-UFRN, e o professor Dr. Klas Kullander, da Universidade Uppsala, além de outros nomes, já tinha sido responsável, em 2012, pela descoberta da função das células OLM na memória.

O próximo passo da pesquisa será investigar o achado mais de perto em outros experimentos em modelos animais comparáveis a seres humanos. “Precisamos de mais conhecimento antes que experimentos possam ser feitos para estimular artificialmente as células OLM em humanos”, completa o Dr. Kullander.

Acesse a notícia completa na página da UFRN.

Acesse o resumo do artigo científico (em inglês).

Fonte: José de Paiva Rebouças, ICE/UFRN. Imagem: Agência de Comunicação da UFRN – AGECOM.

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