Notícia

Implante transcateter com bioprótese valvar mitral e aórtica

Implante por via transapical pode estar associado ao menor risco de complicações

Tech4Health

Fonte

Revista “Arquivos Brasileiros de Cardiologia”

Data

sábado, 4 novembro 2017 10:20

Áreas

Cardiologia. Cirurgia Cardíaca. Engenharia Biomédica.

Desde os primórdios da cirurgia cardíaca e quando não era possível a reparação, as valvas eram substituídas por próteses utilizando a circulação extracorpórea. Os bons resultados destes procedimentos são bem conhecidos. Nos últimos anos, alternativas minimamente invasivas têm sido desenvolvidas com o objetivo de possibilitar o tratamento de indivíduos de alto risco de complicações e morte com o procedimento convencional. Em 2002, foi realizado o primeiro implante valvar transcateter, que revolucionou o tratamento da estenose aórtica. Os equipamentos, técnicas e habilidade evoluíram progressivamente e a partir de 2009, passaram a ser realizados implantes valvares mitrais transcateter para tratamento da disfunção de prótese (valve-in-valve). Atualmente, o implante valvar transcateter é um dos campos de maior desenvolvimento na cardiologia.

O aumento na utilização da prótese biológica, associado ao aumento da sobrevida dos indivíduos operados, tem tornado cada vez mais comuns as reabordagens cirúrgicas. A cirurgia de troca valvar é, até o presente momento, o procedimento de escolha nos casos de disfunção de prótese, estando associada a maior morbidade e mortalidade em relação à primeira intervenção. As dificuldades técnicas das reabordagens cirúrgicas podem implicar em maior tempo de circulação extracorpórea, necessidade de suporte transfusional, paralisia diafragmática por lesão do nervo frênico, vasoplegia prolongada, lesão de enxertos aortocoronários e risco aumentado de morte.

 Uma das alternativas à cirurgia valvar aórtica convencional para indivíduos de elevado risco cirúrgico é o implante transcateter, denominado Transcatheter Aortic Valve Implantantion (TAVI), que tem sido realizado desde 2002. Desde então, já foram implantados mais de 50.000 dispositivos em todo o mundo, com desfechos clínicos semelhantes à cirurgia para pacientes com risco cirúrgico elevado ou proibitivo. As biopróteses podem ser expansíveis por balão ou auto-expansíveis, ambas dependentes da presença de calcificação valvar aórtica para evitar seu deslocamento, porém, com maior risco de regurgitação perivalvar em caso de calcificação extrema. As duas vias mais comuns para implante da TAVI são a via transfemoral e a transapical – técnica iniciada em 2006 com acesso por minitoracotomia sem necessidade de circulação extracorpórea. Embora a técnica transapical seja mais invasiva, as vantagens frente à via femoral são a maior facilidade no implante valvar pela proximidade do anel valvar do ápice cardíaco e menor manipulação da aorta e sistema arterial periférico, reduzindo complicações vasculares e acidente vascular cerebral.

Pesquisadores do Instituto do Coração (InCor) do Hospital das Clínicas da Faculdade Medicina da Universidade de São Paulo (HC-FMUSP) divulgaram  o primeiro caso realizado no Brasil com o implante da prótese nacional Inovare da Braile Biomédica, demonstrando o enorme potencial para futuras intervenções em pacientes selecionados. O caso clínico foi publicado na edição de novembro da revista científica Arquivos Brasileiros de Cardiologia.

.Acesse o artigo científico completo.

Fonte: Revista “Arquivos Brasileiros de Cardiologia”.

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