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Exercícios físicos e realidade virtual podem ajudar a aliviar a dor crônica

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Fonte

UniSA | Universidade da Austrália Meridional

Data

sábado, 20 janeiro 2024 19:15

Áreas

Biomecânica, Dor. Educação Física. Fisioterapia. Metabolismo. Reabilitação. Saúde Pública. Realidade Virtual.

Uma pesquisa da Universidade da Austrália Meridional (UniSA) mostrou recentemente que a Realidade Virtual não apenas torna os exercícios físicos mais fáceis, mas também ajuda a aliviar a dor crônica.

Usando um novo sistema de bicicleta, os pesquisadores relataram que, quando as pessoas combinam a realidade virtual com o ciclismo, o envolvimento com o exercício aumenta em 20% e elas se exercitam por um tempo 15% maior.

É importante ressaltar que, para pacientes com dor crônica, a tecnologia os distrai da sua condição, ajudando-os a praticar os exercícios e melhorar a sua recuperação.

Na Austrália, as diretrizes de exercício recomendam que as pessoas se exercitem durante 30 minutos, pelo menos três a cinco vezes por semana. No entanto, as estatísticas mostram que apenas uma em cada cinco pessoas consegue realmente isto.

Existem 3,4 milhões de pessoas que vivem com dor crônica na Austrália. Globalmente, uma em cada cinco pessoas sofre de dor crônica.

“Ser ativo é essencial para que as pessoas se mantenham física e mentalmente em boa forma e saudáveis, mas também é extremamente importante para ajudar as pessoas a se recuperarem de lesões e a melhorarem condições crônicas como a artrite”, disse Erin MacIntyre, doutoranda na UniSA.

“Também sabemos que o exercício pode desempenhar um papel importante na reabilitação, muitas vezes reduzindo a dor e a incapacidade. Mas o desafio é que muitas vezes existem barreiras ao exercício – muitos acham chato, ou dizem que exige esforço demais, ou que até pode ser doloroso. Portanto, temos procurado maneiras de ajudar a superar essas barreiras. Em nosso estudo, combinamos realidade virtual com ciclismo, então quando um ciclista começava a se exercitar com o headset de realidade virtual ligado, parecia que ele estava pedalando em um campo digital”, explicou a doutoranda.

“Descobrimos que a experiência com realidade virtual distraiu os ciclistas do esforço do exercício e tornou o exercício mais fácil, o que, em conjunto, contribuiu para aumentar o prazer e o envolvimento”, continuou Erin.

O estudo utilizou um sistema de bicicleta estacionária com display de realidade virtual montado. O sistema foi conectado sem fio a um programa de realidade virtual personalizado que permitiu o controle remoto da resistência da bicicleta ergométrica, bem como a capacidade de registrar o quanto os participantes estavam trabalhando (a potência em Watts). Os participantes pedalaram na bicicleta VR por até 30 minutos.

A professora Dra. Tasha Stanton, pesquisadora sênior envolvida no projeto, disse que o sistema de bicicleta com realidade virtual oferece uma intervenção segura, válida e confiável para melhorar o envolvimento com exercícios em ambientes clínicos: “Este é um excelente primeiro passo para explorar a realidade virtual em ambientes clínicos. Nossas descobertas preliminares demonstram a eficácia da realidade virtual para melhorar o envolvimento e o prazer do exercício, mesmo em pessoas que sofrem de dor crônica. Embora sejam necessárias mais pesquisas, estamos confiantes de que a realidade virtual será adotada de forma mais ampla para apoiar objetivos de saúde e reabilitação”, concluiu a pesquisadora.

Acesse a notícia completa na página da Universidade da Austrália Meridional (em inglês).

Fonte: Annabel Mansfield, UniSA. Imagem: Divulgação, UniSA.

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