Destaque

Auriculoterapia tem potencial de diminuir dor e ansiedade de mulheres em trabalho de parto

Fonte

UFPB | Universidade Federal da Paraíba

Data

domingo. 5 maio 2024 11:35

A dor do parto é motivo de preocupação para muitas gestantes, principalmente, para aquelas que pretendem ter seu primeiro filho. Mas as futuras mamães podem ficar mais aliviadas: uma pesquisa realizada pela Universidade Federal da Paraíba (UFPB) revelou que a auriculoterapia, uma prática bastante simples, barata e de fácil aplicabilidade, tem o potencial de diminuir os incômodos e a ansiedade durante o trabalho de parto.

O estudo foi o tema da dissertação de Fernando Soares da Silva Neto, aluno egresso do Programa de Pós-Graduação em Saúde Coletiva (PPGSC) da UFPB. O trabalho teve a orientação dos professores Dr. Ricardo de Sousa Soares e Dra. Juliana Sousa Soares de Araújo, vinculados ao mesmo Programa. Colaboraram também as estudantes Amanda Georgia Diniz de Campos, Laura Morgana dos Santos Nascimento e Suellen Arruda de Lima Souza, alunas de graduação em fisioterapia do Centro Universitário Uniesp, da UFPB e do Centro Universitário de João Pessoa (Unipe), respectivamente. A pesquisa contou também com o apoio da Fundação de Apoio à Pesquisa do Estado da Paraíba (FAPESQ-PB).

A auriculoterapia é uma prática oriunda da medicina tradicional chinesa que parte da crença de que o pavilhão auricular, parte externa da orelha, representa um microssistema do corpo humano como um todo. Nesse sentido, a estimulação de pontos específicos no pavilhão auricular pode auxiliar no tratamento de doenças e sintomas na parte específica correspondente no corpo.

“Por exemplo, existe um ponto para dor em determinada parte do corpo na acupuntura que corresponde a um ponto para tratar a dor nessa mesma parte dentro do microssistema da auriculoterapia. No estudo, utilizamos um protocolo de auriculoterapia em que sementes de mostarda escura foram utilizadas para estimular, no pavilhão externo da orelha, os pontos shenmen, para diminuição de dores no corpo em geral, e o de neuroestemia, para diminuição da ansiedade, além dos pontos endócrino e útero, relacionados às funções ginecológicas e de parto”, explicou o pesquisador Fernando Soares.

A pesquisa foi realizada,  de fevereiro a novembro de 2023, com 171 parturientes do Instituto Cândida Vargas (ICV), maternidade da Prefeitura Municipal de João Pessoa. No momento em que foi feita a auriculoterapia nas gestantes, elas passavam pela fase ativa do trabalho de parto, momento em que a dilatação do colo do útero, parte inferior deste órgão, atinge seu ápice.

As gestantes foram divididas em dois grupos: grupo Intervenção, que foi submetido à aplicação de auriculoterapia associado aos cuidados convencionais do ICV; e o grupo Controle, no qual as parturientes integrantes tiveram acesso apenas aos cuidados usuais da maternidade, que incluem alimentação, recursos de analgesia, quando necessário, escolha da posição do parto, presença do acompanhante durante o trabalho de parto, parto e nascimento. O objetivo da divisão foi avaliar as diferenças de dor e de ansiedade entre as parturientes antes do início da auriculoterapia e também após terem sido transcorridos 30, 60 e 120 minutos da intervenção.

Para que as gestantes dos dois grupos pudessem medir a intensidade da dor, os pesquisadores utilizaram a Escala Visual Analógica da Dor (EVA), instrumento em que a paciente mensura o incômodo a partir de uma escala de cores e também de uma classificação de 0 (sem dor) a 10 (dor máxima). Uma escala likert de 5 pontos também foi aplicada às parturientes, para medir o grau da ansiedade.

As participantes que fizeram a auriculoterapia relataram menor grau da dor e diminuição da ansiedade.

“A pesquisa confirma que o uso de práticas não farmacológicas é um caminho plausível no manejo da dor e da ansiedade de parturientes, possibilitando o fortalecimento das políticas públicas de cuidado e humanização na área da obstetrícia e da epidemiologia clínica”, concluiu Fernando Soares.

Acesse a notícia completa na página da Universidade Federal da Paraíba.

Fonte:  Vinícius Vieira e Aline Lins, Ascom UFPB.

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