Notícia

Tecnologia desenvolvida na UFPR pode ajudar diagnóstico e acompanhamento de doenças de alta prevalência

Tecnologia não invasiva pode ser usada para identificar e acompanhar doenças como câncer de mama, diabetes e doenças cardiovasculares

Neura Library.

Fonte

UFPR | Universidade Federal do Paraná

Data

sexta-feira, 29 junho 2018 15:50

Áreas

Engenharia Biomédica. Saúde Pública.

Pesquisadores da Universidade Federal do Paraná (UFPR) desenvolveram um sistema de telemedicina para triagem e biomonitorização infravermelha que permite a identificação precoce de enfermidades, o controle de doenças de alta prevalência na comunidade e a contenção de epidemias.

A tecnologia é uma solução voltada para a saúde pública e foi desenvolvida de forma interdisciplinar, com a intenção de viabilizar maior acesso ao exame de imagem por meio da redução do custo por procedimento, diagnósticos precoces de doenças e, consequentemente, diminuição dos gastos com tratamento de doenças em estágio avançado.

Os três pesquisadores responsáveis pelo projeto – Dr. André Bellin Mariano, Dr. José Viriato Coelho Vargas e Dr. Marcos Leal Brioschi, vinculados ao Núcleo de Pesquisa e Desenvolvimento de Energia Autossustentável (NPDEAS) da UFPR, explicam que o sistema criado por eles envolve tecnologia de termometria, já existente no mercado, mas com o diferencial do paciente ter autonomia para realizar o exame numa cabine isolado e que controla a temperatura.

Para minimizar os erros e ter um ambiente controlado, principalmente por tratar-se de um sistema que tem como base de diagnóstico a temperatura corporal, os cientistas pensaram no uso de uma cabine, que cria condições adequadas para coleta de informações e diminui as chances do usuário do sistema prejudicar a coleta de dados. Por fim, entra um dos grandes diferenciais do sistema: o software, ou seja, a inteligência artificial e os protocolos que permitem os diagnósticos precoces para doenças cardiovasculares, diabetes e câncer. Os pesquisadores ainda explicaram que a solução pode ser adaptada para diagnosticar uma variedade de doenças que atingem a população.

Tecnologia dá autonomia ao paciente e não é invasiva

Dar autonomia ao paciente e responsabilidade sobre a própria saúde. Esse é um dos conceitos que embasa a criação da tecnologia do sistema de telemedicina por cabine. Marcos Leal Brioschi, médico e Doutor em Engenharia Mecânica pela UFPR e colaborador do NPDEAS, explica que “o sistema não irá resolver todos os problemas de diagnósticos e doenças da medicina. Mas é algo revolucionário. Estamos falando de coisas muito importantes como o câncer de mama, diabetes e doenças cardiovasculares, que são as três principais problemas de saúde que conseguimos avaliar por meio do sistema”.

O médico explica que no caso de um câncer de mama, por exemplo, alterações vasculares na mama podem acontecer de 5 a 10 anos antes do diagnóstico do câncer. O sensor de temperatura, presente no equipamento detecta antecipadamente que houve alguma alteração na mama da paciente, em comparação ao que se espera de uma mama saudável. Essa pessoa será triada, tagueada pelo sistema, e o médico irá avaliá-la e orientar sobre o que fazer. “A estatística nos diz que de cada 10 pessoas, 3 realmente vão ser câncer. Mas quando o diagnóstico for feito pelo nosso sistema, vai pegar uma fase muito inicial da doença”.

Dessa maneira, além do paciente poder ter acesso a um maior número de informações a respeito de sua saúde, os resultados irão refletir na cadeia de tratamento de saúde, diminuindo os gastos com tratamento e otimizando as chances de prevenção.

O paciente ingressa na cabine e seu corpo é “escaneado” considerando a variação de temperatura corporal; então, serão geradas imagens por meio de termometria. Essas imagens vão ser direcionadas para um servidor e a máquina, por meio do software e metodologia desenvolvidos pelo grupo de pesquisa, coleta as informações e faz análises baseadas em um banco de dados que apresenta parâmetros para alterações no corpo humano.

Acesse a notícia completa na página da Universidade Federal do Paraná.

Fonte: Superintendência de Comunicação Social, UFPR. Imagem: Variações de temperatura no corpo humano (apenas ilustrativa). Fonte: Neura Library.

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