Notícia

Software inovador automatiza análise de ecocardiograma

Pesquisadores conquistaram o primeiro lugar no ‘Prêmio Jonas Talberg’ durante o 11º Congresso Brasileiro de Imagem Cardiovascular

Divulgação, UFPB

Fonte

UFPB | Universidade Federal da Paraíba

Data

sábado, 6 agosto 2022 11:00

Áreas

Bioinformática. Cardiologia. Ciência da Computação. Imagens e Diagnóstico. Medicina. Modelagem Matemática. Processamento de Imagens.

Os estudantes da Universidade Federal da Paraíba (UFPB) Genilton de França, do mestrado do Programa de Pós-Graduação em Engenharia Mecânica (PPGEM), Israel Solha, graduando em Engenharia Mecânica; e Ewerton Freitas de Medeiros, estudante da graduação em Medicina, foram agraciados com o 1º lugar no Prêmio Jonas Talberg durante o 11º Congresso Brasileiro de Imagem Cardiovascular, ocorrido em julho, em São Paulo.

Os estudantes foram reconhecidos pelo trabalho ‘Medição Automática de Valva Mitral a Partir de Ecocardiograma Utilizando Processamento Digital de Imagens’, que contou com a orientação do Dr. Marcelo Cavalcanti Rodrigues, professor do Departamento de Engenharia Mecânica do Centro de Tecnologia (CT) da UFPB, e coorientação do Dr. Marcelo Dantas Tavares de Melo, professor do Departamento de Medicina Interna do Centro de Ciências Médicas (CCM) da UFPB.

Também foram autores do artigo premiado o Dr. José Carlos de Lima Júnior, professor do Departamento de Engenharia Mecânica da UFPB; Alex dos Santos Félix, mestre em ciências cardiovasculares e Fellow da Sociedade Europeia de Cardiologia; e o Dr. André Luiz Cerqueira de Almeida, do Departamento de Imagem Cardiovascular de São Paulo.

Durante o congresso, os pesquisadores apresentaram uma aplicação desenvolvida para utilizar ferramentas de engenharia no auxílio à área da saúde. A aplicação chamada ‘software de aquisição de dimensões de valvas mitrais’ foi desenvolvida como projeto de mestrado de Genilton de França. Genilton explicou que o objetivo do software é automatizar a determinação da área de máxima abertura de valvas cardíacas mitrais, por meio da aplicação de processamento digital de imagens em exames de ecocardiograma, desenvolvendo um algoritmo aberto com leitura de vídeo no formato avi, permitindo a determinação de áreas de forma automática.

Atualmente, o procedimento de determinação da área de abertura de valvas ainda é realizado de forma manual e depende da experiência dos cardiologistas e de softwares específicos, conforme explicou o estudante de medicina Ewerton Medeiros.

“A imagem é uma das técnicas que é utilizada na ecocardiografia para se medir áreas, o que é a planimetria. O que acontece é que hoje em dia o ecocardiografista tem que fazer o contorno da área à mão, da melhor forma que ele conseguir. Então, diferente da tomografia ou ressonância magnética, em que o resultado é fornecido automaticamente, o ecocardiograma depende da experiência do profissional de escolher o melhor posicionamento e a melhor seleção da área, e a aplicação tecnológica desenvolvida faz isso automaticamente”, disse Ewerton.

Ainda de acordo com Ewerton, o software desenvolvido facilita a realização de exames em caso de arritmia cardíaca, já que a tecnologia consegue determinar a maior área de abertura das valvas a partir de uma série de frames de vídeo, diminuindo a possibilidade de erros de resultados de exames em pessoas que possuem alterações no ritmo dos batimentos cardíacos.

Uma das principais aplicações observadas pelos pesquisadores é para realização de exames das áreas de abertura e fechamento da valva mitral em pacientes com estenose, um estreitamento da abertura que obstrui o fluxo de sangue do átrio esquerdo para o ventrículo esquerdo no coração.

“A partir da linguagem de programação Python, utilizamos as ferramentas de processamento digital de imagem, para selecionar automaticamente a região de interesse e calcular a área de máxima abertura valvar. Os exames de ecocardiograma foram salvos no formato de vídeo”, disse Genilton de França.

O trabalho teve como foco a realização de ecocardiogramas 3D transesofágicos, que avaliam doenças valvares de forma mais acurada. Os principais resultados do projeto foram o desenvolvimento de um aplicativo de fácil utilização, automatização da determinação e do cálculo da área de máxima abertura valvar, redução do tempo necessário para a identificação desse parâmetro e possibilitar um exame de mínimo risco para o paciente além de um diagnóstico mais preciso.

De acordo com Genilton, todos os resultados obtidos pelo aplicativo foram comparados com as medições originais de profissionais da área. O aplicativo foi registrado junto à Agência UFPB de Inovação Tecnológica (INOVA) como programa de computador e já teve pedido de registro de patente iniciado junto ao Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI).

Acesse a notícia completa na página da Universidade Federal da Paraíba.

Fonte: Elidiane Poquiviqui e Aline Lins, UFPB. Imagem: Divulgação, UFPB.

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