Notícia

RNA não-codificante: nova ferramenta terapêutica na regeneração óssea

Pesquisa realizada na Universidade do Porto conjuga biologia molecular e regeneração de tecidos

DR, Universidade do Porto

Fonte

Universidade do Porto

Data

quarta-feira, 8 fevereiro 2017 16:00

Áreas

Biologia Molecular. Engenharia de Tecidos. Engenharia Biomédica. Engenharia Biológica.

A Dra. Maria Inês Almeida, do Instituto de Investigação e Inovação em Saúde (i3S) da Universidade do Porto, em Portugal, foi uma das quatro pesquisadoras vencedoras na 13.ª edição das Medalhas de Honra L’Oréal Portugal para as Mulheres na Ciência. Com um projeto de pesquisa centrado na regeneração óssea, denominado «RNA não-codificante: uma nova ferramenta terapêutica na regeneração óssea», a investigadora vai agora receber 15 mil euros que lhe permitirão continuar a explorar uma linha de investigação que conjuga biologia molecular e regeneração de tecidos.

Em termos simples, a pesquisadora do i3S propõe-se a explorar uma (grande) parte do DNA que se julgava ser “lixo” para conseguir regenerar o tecido ósseo. “Um dos aspetos mais intrigantes do genoma humano é o fato de menos de 2% do DNA codificar proteínas. O restante foi inicialmente considerado como “DNA lixo” por função ser, em grande parte, desconhecida. No entanto, sabe-se, atualmente, que parte do DNA que não codifica proteína pode dar origem a moléculas de RNA-não codificante (ncRNA, do inglês non-coding RNAs), que podem desempenhar importantes funções nas células. Dentro desta classe incluem-se os microRNAs, que são muito pequenos, têm um papel fundamental na regulação dos genes e parecem ser promissores na regeneração de tecidos, nomeadamente na regeneração óssea”, explica a Dra. Maria Inês Almeida.

“Esta função dos microRNAs como mediadores da regeneração do osso permanece, em grande parte, inexplorada e é isto que pretendo aprofundar, utilizando este RNA-não codificante para regular a atividade das células e, assim, estimular a regeneração óssea”, acrescenta a pesquisadora. Idealmente, o RNA-não codificante, incluindo o microRNA, conseguirá “instruir” as células para construírem novo osso de uma forma natural.

A utilização de microRNAs, tanto para o estudo de mecanismos biológicos como para fins terapêuticos é particularmente vantajosa uma vez que um único microRNA “é capaz de afetar vários processos biológicos simultaneamente. Ou seja, um único microRNA pode regular simultaneamente processos como a inflamação e a diferenciação celular, ambos cruciais para a regeneração de tecidos, e controlar todo o microambiente das lesões ósseas”, destaca a Dra. Maria Inês.

A utilização terapêutica de ncRNAs abre novos caminhos na reparação de grandes defeitos e fraturas ósseas e poderá, no futuro, ajudar a compreender e a tratar doenças como a osteoporose.

Fonte Luísa Melo, i3S, Universidade do Porto. Imagem: DR, Universidade do Porto.

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