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Exame pode prever o risco de acidente vascular cerebral

Pesquisadores da Universidade de Oxford desenvolveram um novo tipo de exame por ressonância magnética que pode prever o risco de AVC

Divulgação

Fonte

Universidade de Oxford e Revista “JACC: Cardiovascular Imaging”

Data

terça-feira, 5 setembro 2017 19:35

Áreas

Medicina. Sistema Cardiovascular. Cardiologia. Neurologia. Radiologia. Ressonância Magnética. Diagnóstico por Imagens.

Pesquisadores da Universidade de Oxford, no Reino Unido, desenvolveram uma nova técnica de diagnóstico por imagem de ressonância magnética que pode ajudar a prever o risco de ocorrência de um acidente vascular cerebral (AVC) em uma pessoa. A técnica não invasiva, descrita em um artigo publicado na revista científica “JACC: Cardiovascular Imaging”, mostra um resultado quantitativo que pode indicar com precisão se as placas nas artérias carótidas – aquelas que conduzem o fluxo sanguíneo ao cérebro – são ricas em colesterol e, portanto, com maior probabilidade de causar um acidente vascular cerebral.

A ruptura de placas gordurosas pode bloquear as artérias e causar traços potencialmente debilitantes e com risco de vida, já que o cérebro tem alta demanda de oxigênio. Existem mais de 100 mil casos de AVC no Reino Unido a cada ano e cerca de um quarto dos quais são causados ​​por placas carotídeas. Os custos de saúde associados à ocorrência de AVCs são extremamente altos em todo mundo.

Atualmente, o risco de acidente vascular cerebral é medido pelo tamanho da placa na artéria carótida. Se a placa é considerada muito grande, as pessoas são tratadas cirurgicamente para removê-la. No entanto, este método pode deixar para trás placas gordurosas que não são grandes, mas têm um alto risco de ruptura.

A nova técnica de Imagem por Ressonância Magnética (MRI) foi desenvolvida para diferenciar as placas de risco que contêm muito colesterol e as que são mais estáveis.

No estudo, os pesquisadores usaram a nova análise de MRI para medir a quantidade de colesterol nas placas carotídeas de 26 pacientes agendados para cirurgia. Depois que as placas foram removidas cirurgicamente, a equipe analisou o conteúdo real de colesterol em cada placa e descobriu que a nova técnica era precisa e quanto mais colesterol detectaram na placa, maior o risco. O trabalho foi uma colaboração entre pesquisadores da Universidade de Oxford e cirurgiões do Hospital John Radcliffe.

Um dos autores do estudo, o Dr. Luca Biasiolli, da Universidade de Oxford, disse: “O acidente vascular cerebral é uma das principais causas de deficiência e a terceira maior causa de morte no Reino Unido”.

Quando alguém vai ao hospital sofrendo um acidente vascular cerebral menor, é vital que os médicos saibam se o paciente pode estar em risco de um acidente vascular cerebral adicional, o que pode ser fatal.

“Ser capaz de quantificar o colesterol nas placas de carótida é uma perspectiva realmente interessante, pois esta nova técnica de MRI poderia ajudar os médicos a identificar pacientes com maior risco de AVC e tomar decisões mais fundamentadas quanto aos seus tratamentos“, afirmou o especialista.

O Dr. Nilesh Samani, diretor médico do Centro de Excelência em Pesquisa de Oxford, que financiou parcialmente o estudo, disse: “Quando um paciente sofre um mini-AVC, ele pode estar sujeito a sofrer um acidente vascular cerebral mais grave, ou mesmo mortal, nas próximas horas, dias ou semanas seguintes. Esta pesquisa é muito importante porque abre a possibilidade de que no futuro possamos identificar mais precisamente as pessoas com placas carotídeas susceptíveis ao rompimento e que podem causar um acidente vascular cerebral”.

Estes pacientes podem então ser tratados com antecedência, por exemplo, com uma cirurgia para remover a placa, enquanto outros podem ser poupados da cirurgia. Mais pesquisas agora são necessárias antes que este avanço possa entrar na prática clínica de rotina. No entanto, esta técnica promete salvar muitas vidas”, conclui o Dr. Nilesh.

Acesse o artigo científico completo (em inglês).

Fonte: Universidade de Oxford e Revista “JACC: Cardiovascular Imaging”. Imagem: Divulgação.

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