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Diálise breve pode ser melhor para alguns pacientes renais

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UCSF | Universidade da Califórnia em San Francisco

Data

terça-feira, 3 outubro 2023 19:25

Áreas

Cardiologia. Hematologia. Medicina. Nefrologia. Saúde Pública.

Pacientes com lesão renal aguda que necessitam de diálise ambulatorial após a alta hospitalar recebem os mesmos cuidados que aqueles com doença renal crônica, de acordo com estudo liderado pela Universidade da Califórnia em San Francisco (UCSF), nos Estados Unidos.

Mas embora os pacientes com doença renal crônica – normalmente causada por hipertensão ou diabetes de longo prazo – devam permanecer em diálise ao longo da vida ou receber um novo rim, alguns pacientes em diálise por lesão renal aguda têm potencial para se recuperar, relataram os pesquisadores no estudo publicado na revista científica Journal of the American Society of Nephrology.

“Para aqueles que têm potencial de recuperação, permanecer em diálise pode colocá-los em risco desnecessário de doenças cardíacas, infecções, danos a órgãos e óbito”, disse o Dr. Ian McCoy, primeiro autor do estudo e pesquisador da Divisão de Nefrologia da UCSF.

Menos de um quarto dos pacientes em centros de diálise típicos de médio porte apresentam lesão renal aguda, o que pode resultar de infecção aguda ou choque, causando redução do fluxo sanguíneo para os rins, bem como de grandes cirurgias e agentes quimioterápicos que são tóxicos para os rins.

No estudo, os pesquisadores acompanharam dados de 1.754 pacientes com lesão renal aguda e 6.197 pacientes com doença renal em estágio terminal em centros de diálise ambulatorial. Embora os testes de laboratório sugerissem que os pacientes com lesão renal aguda precisassem de menos diálise, os dois grupos foram tratados basicamente da mesma forma. Ambos iniciaram diálise três vezes por semana, e a grande maioria dos pacientes em ambos os grupos não foi testada quanto ao funcionamento renal no primeiro mês de tratamento.

Desmame da diálise

Entre os pacientes com lesão renal aguda, 10% morreram durante o período de estudo de três meses – provavelmente devido às condições que levaram à diálise, segundo os pesquisadores. Dos 41% dos pacientes que recuperaram a função renal, aproximadamente três quartos interromperam a diálise sem quaisquer alterações na dose, frequência e duração. Isto sugere que esses pacientes poderiam ter um desmame mais precoce, observaram os pesquisadores.

“São necessárias mais pesquisas sobre estratégias de desmame seguro. Se um paciente for desmamado muito rapidamente, ele poderá ficar com falta de ar ou desenvolver anormalidades eletrolíticas que podem aumentar o risco de ritmos cardíacos perigosos. Por outro lado, continuar a diálise desnecessariamente também é arriscado, uma vez que os pacientes apresentam altas taxas de doenças cardíacas, infecções e mortalidade”, disse o Dr. Ian McCoy.

Acesse o resumo do artigo científico (em inglês).

Acesse a notícia completa na página da Universidade da Califórnia em San Francisco (em inglês).

Fonte: Suzanne Leigh, UCSF. Imagem: Shutterstock.

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