Notícia

Novas tecnologias auxiliam na identificação precisa da fragilidade óssea

A discussão sobre a saúde óssea é especialmente relevante para mulheres na pós-menopausa que são mais vulneráveis à osteopenia e à osteoporose devido ao declínio dos níveis de estrogênio que ocorre durante a transição da menopausa

Jmarchn via Wikimedia Commons

Fonte

Sociedade Norte-Americana de Menopausa

Data

quarta-feira, 4 outubro 2023 19:10

Áreas

Biomecânica. Imagens e Diagnóstico. Medicina. Ortopedia. Radiologia. Saúde da Mulher. Saúde Pública.

A absorciometria de raios X de dupla energia (DXA) é o padrão ouro para avaliar a massa óssea e avaliar risco de fratura óssea. Mas novas tecnologias esclarecem lacunas de conhecimento que não são preenchidas apenas pela DXA e, por vezes, sugerem a necessidade de procedimentos adicionais para avaliar com precisão a saúde óssea. Uma apresentação na Reunião Anual de 2023 da Sociedade Norte-Americana de Menopausa (The Menopause Society), realizada de 27 a 30 de setembro nos Estados Unidos, teve foco na evolução da tecnologia para melhor o diagnóstico da fragilidade óssea.

A discussão sobre a saúde óssea é especialmente relevante para mulheres na pós-menopausa que são mais vulneráveis à osteopenia e à osteoporose devido ao declínio dos níveis de estrogênio que ocorre durante a transição da menopausa. A medição da densidade mineral óssea (DMO) por DXA é o meio predominante para identificar se uma mulher está predisposta a fraturas por fragilidade óssea. Isso ocorre porque a maior parte da resistência óssea – de 60 a 75% – é explicada pela massa óssea.

Mas a massa óssea por si só não conta toda a história sobre a resistência dos ossos e o risco de fraturas. Na Reunião Anual de 2023 da The Menopause Society, a Dra. Marcella Walker, da Divisão de Endocrinologia da Universidade Columbia, nos Estados Unidos, conduziu uma discussão focada em tecnologias mais recentes, minimamente invasivas ou não, que estão produzindo informações adicionais além da densidade mineral óssea para fornecer uma imagem mais completa da situação da saúde óssea geral de um paciente.

Os avanços na avaliação incluem o escore ósseo trabecular (TBS), que é uma medida indireta da microarquitetura trabecular da coluna obtida da imagem DXA para prever o risco de fratura  em conjunto com a DMO. A avaliação da fratura vertebral (VFA), também realizada em um densitômetro, pode detectar fraturas vertebrais, muitas das quais passam despercebidas. Nos últimos dois anos, a agência reguladora FDA, nos Estados Unidos, também aprovou a microindentação de impacto (IMI), que mede a distância que uma sonda se estende até o córtex ósseo tibial, medindo assim com eficácia a resistência do material ósseo. Esta medida correlaciona-se com a capacidade do osso de resistir ao desenvolvimento de fissuras e é realizada por meio de um dispositivo portátil e minimamente invasivo.

De acordo com a Dra. Marcella Walker, há várias tecnologias disponíveis que podem dizer muito sobre a resistência óssea. Embora ela acredite que há um enorme valor na utilização de diversas medições da qualidade óssea em alguns pacientes, ela adverte que muitas mulheres não estão recebendo o rastreamento mínimo para osteoporose com medição da densidade mineral óssea por DXA.

“É importante que tanto os médicos como os pacientes compreendam que a osteoporose não causa quaisquer sintomas até que ocorra uma fratura. É por isso que é tão essencial que as mulheres em risco tenham a densidade mineral óssea medida por DXA. Tecnologias adjuvantes, como TBS e VFA, são particularmente úteis para estratificar ainda mais o risco de mulheres próximas do limiar de intervenção terapêutica, onde esta informação pode mudar a decisão de iniciar o tratamento”, destacou a Dra. Walker.

Acesse a notícia completa na página da The Menopause Society (em inglês).

Fonte: The Menopause Society. Imagem: exame de densitometria óssea em paciente com osteopenia. Fonte: Jmarchn via Wikimedia Commons.

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