Destaque

Pesquisadora chilena lança aplicativo gratuito para adaptar casas para pessoas que vivem com demência

Fonte

Universidade do Chile

Data

segunda-feira. 8 agosto 2022 07:25

Já está disponível um novo aplicativo que busca contribuir para a melhoria da qualidade de vida de um importante grupo da população. Trata-se do App ‘Viver com demência‘, uma iniciativa digital que contém informações e recomendações para adaptar os ambientes domésticos de quem é diagnosticado com esse tipo de transtorno. O projeto, sediado na região de Los Ríos, é liderado por Macarena Espina Díaz, designer da Universidade do Chile.

Uma das principais complicações causadas pela demência é o comprometimento cognitivo e a alteração da percepção visual e orientação visuoespacial, o que dificulta a realização plena das atividades diárias. Este é precisamente o problema abordado pelo ‘Viver com demência’, um aplicativo que permite avaliar o nível de criticidade da casa para que as pessoas possam aplicar soluções ou adaptações que tornem a casa mais segura e mais fácil de viver.

“Evidências mostram que quando um ambiente acompanha e compensa as habilidades de uma pessoa, é possível manter a funcionalidade por mais tempo, e que – pelo contrário – um ambiente que não se adapta às necessidades das pessoas, representa uma barreira para o pleno desempenho de suas atividades diárias e, como resultado, torna a pessoa muito mais dependente dos que a cercam, o que, em longo prazo, aumenta a carga de cuidados”, explicou Macarena Espina Díaz.

Portanto, o objetivo desta iniciativa é que as pessoas possam manter a funcionalidade por muito mais tempo, que os cuidadores reduzam sua carga de cuidados e que os profissionais de saúde possam reduzir o número de horas de avaliação nas visitas domiciliares.

Outra das características do aplicativo é que ele é interoperável, ou seja, pode se conectar com bancos de dados de centros de saúde, para, por exemplo, complementar registros clínicos ou rastrear pessoas ao longo do tempo, o que aponta para considerar o ambiente como um importante fator extrínseco na funcionalidade. Assim, ‘Viver com demência’ poderia contribuir para a redução do uso e abuso de drogas e/ou restrições físicas em longo prazo.

Visualização de informações vitais

Até o momento, as informações sobre como implementar mudanças nos lares das pessoas que vivem com demência ainda não são amplamente divulgadas e padronizadas. Além disso, a maioria dos aplicativos ou informações disponíveis para solucionar o problema estão em inglês e não se enquadram no contexto regional, nacional ou latino-americano. Portanto, ‘Viviendo con demencia’ é único em seu tipo.

“O design como estratégia de intervenção não farmacológica tem sido amplamente utilizado e pesquisado em países como Austrália, Irlanda, Escócia, Canadá e outros, mas a diferença está na adaptação ao contexto”, destacou Macarena Espina, que juntamente com um uma equipe interdisciplinar tem dedicado estes últimos anos a “investigar e compilar recomendações e exemplos que as mesmas pessoas utilizam diariamente, que são de médio a baixo custo (com algumas exceções) e na maioria das vezes muito simples de aplicar”.

Outro aspecto a considerar é que 60% das pessoas com demência vivem em países de média e baixa renda. Ou seja, a maioria das pessoas relacionadas à demência não possui os recursos necessários para institucionalizar seus familiares ou acessar serviços de atendimento profissional, razão pela qual a adaptação da moradia é fundamental.

Soma-se a isso o fato de pessoas de menor renda terem maior custo alternativo ou de cuidado informal, trabalho que é quantificado em 75% da renda de uma família de baixa renda, somado à alta carga emocional e mental a que estão expostos. Por esse motivo, é de extrema relevância fornecer soluções claras e de baixo custo para lidar com o cuidado de pessoas com demência e, assim, reduzir a carga de cuidados.

O aplicativo está disponível para o sistema Android no Google Play (em espanhol).

Acesse a notícia completa na página da Universidade do Chile (em espanhol).

Fonte: Universidade do Chile e Marilyn Lizama/App ‘Viver com demência’.

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