Destaque

ES ocupa o segundo lugar em casos de tuberculose no Sudeste

Fonte

UFES | Universidade Federal do Espírito Santo

Data

segunda-feira. 22 abril 2024 16:35

Ao longo de 2023, o Espírito Santo notificou 1.860 casos de tuberculose, que levaram a 122 mortes pela doença, segundo dados da Secretaria de Estado de Saúde (Sesa). De acordo com o Ministério da Saúde, esses números colocam o estado como o segundo maior em incidência de tuberculose na região Sudeste (atrás somente do Rio de Janeiro) e em 12º no ranking nacional. Em todo o país, são notificados anualmente cerca de 80 mil casos de tuberculose.

Os dados têm gerado preocupação entre os pesquisadores do Laboratório de Pesquisa em Epidemiologia da Universidade Federal do Espírito Santo (UFES). Para a Dra. Carolina Sales, professora do Departamento de Enfermagem e coordenadora do laboratório, os números mostram que o estado precisa aperfeiçoar o controle da tuberculose: “Isso é importante para diminuir a incidência da doença, acompanhar os casos a fim de garantir o tratamento completo e atingirmos as metas de eliminação até 2030 no Brasil”.

A equipe tem se mobilizado ainda mais para conscientizar a população capixaba e alertar sobre os principais cuidados, sintomas e tratamento da doença que, até a pandemia de COVID-19, era a segunda maior causa de morte por um único agente infeccioso, perdendo apenas para o HIV/Aids. “Em 2022, a tuberculose foi a segunda principal causa de morte no mundo por um único agente infeccioso, depois da COVID-19”, lembrou a Dra. Geisa Fregona, enfermeira da UFES e pesquisadora do Laboratório de Pesquisa em Epidemiologia.

Naquele ano, quase 11 milhões de pessoas em todo o mundo adoeceram com tuberculose, doença que causou a morte de 1,3 milhão de indivíduos. O maior número de casos foi registrado em homens adultos, seguido de mulheres e crianças com menos de 15 anos. Porém, a Dra. Geisa Fregona ressaltou que a doença pode afetar qualquer pessoa, independentemente de sexo ou idade.

Sintomas e tratamento

A tuberculose é uma doença bacteriana causada pelo Mycobacterium tuberculosis ou Bacilo de Koch, transmitida de pessoa para pessoa (principalmente por via aérea) por meio de tosse, fala ou espirro do indivíduo com a doença nos pulmões. A enfermeira Geisa Fregona explicou que, embora possa ocorrer em qualquer parte do corpo, o acometimento pulmonar é a forma mais frequente da doença, que tem como principais sintomas tosse por mais de três semanas, febre baixa (geralmente no final da tarde), sudorese noturna e emagrecimento.

Tanto o diagnóstico quanto o tratamento e o acompanhamento dos casos estão disponíveis em todo o Brasil por meio do Sistema Único de Saúde (SUS). “O tratamento é seguro e eficaz. Em geral, requer seis meses de uso de medicamentos específicos, além de acompanhamento rigoroso por parte das autoridades sanitárias”, explicou a enfermeira.

Diagnóstico

A professora Carolina Sales ressaltou que o paciente que apresentar os sintomas de tuberculose deve buscar diagnóstico na unidade de saúde mais próxima o quanto antes: “É importante identificar a doença o mais precocemente possível para evitar a transmissão e, após o diagnóstico, é necessário realizar o tratamento completo. A tuberculose tem cura, mas ainda gera consequências devastadoras para a população acometida, incluindo a morte”.

A Dra. Geisa Fregona destacou que, além do diagnóstico e tratamento precoces, também faz parte das medidas protetivas a identificação de indivíduos com maior potencial de adoecimento e a aplicação da vacina BCG (sigla para Bacilo de Calmette e Guérin) nos recém-nascidos, o que, segundo ela, impede formas graves da doença na infância, como meningite por tuberculose.

Determinação social

Embora a chance de cura (com tratamento adequado) seja superior a 95%, as pesquisadoras destacaram que a proporção de pacientes que concluem e alcançam sucesso no tratamento no Brasil está abaixo do que é preconizado pelo Ministério da Saúde: 85%. “Sob esse aspecto, os serviços de saúde têm se esforçado ao máximo para melhorar a adesão dos pacientes ao tratamento”, concluiu a Dra. Geisa Fregona.

Acesse a notícia completa na página da Universidade Federal do Espírito Santo.

Fonte: Adriana Damasceno e Thereza Marinho, UFES.

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