Destaque
Pesquisa internacional busca identificar o impacto social do confinamento
Você fez ou está fazendo quarentena? Se você vive no Brasil, tem mais de 18 anos e respondeu “sim” ou “não” a essa pergunta, então está convidado(a) a participar da pesquisa Impacto Social do Confinamento pelo Surto de Coronavírus Covid-19 na América Latina – Brasil. A participação consiste no preenchimento de um formulário online que busca conhecer como você tem vivido essa situação de pandemia. Responder ao questionário leva menos de 15 minutos, a participação é voluntária e não é necessário se identificar. O objetivo é levantar informações para conhecer o contexto social vivido pela população brasileira em relação ao confinamento pela COVID-19, de modo a contribuir para o planejamento e a melhoria das ações no caso de emergências em saúde pública.
“Em uma parceria internacional, vamos avaliar e comparar o impacto social gerado durante e após o período de confinamento, adotado como medida de prevenção e controle da COVID-19, na população residente no Brasil, Chile, Equador, Espanha e México”, explica a pesquisadora Dra. Jakeline Ribeiro Barbosa, do Núcleo de Epidemiologia e Vigilância em Saúde (Nevs) da Fiocruz Brasília, à frente do estudo no país. Além da Fiocruz Brasília, por meio do Nevs e do Núcleo de Saúde Mental, Álcool e Outras Drogas (Nusmad), a equipe brasileira é formada pelo Centro de Integração de Dados e Conhecimentos para Saúde (Cidacs/Fiocruz Bahia).
“Essa situação é nova para a América Latina e não há evidências anteriores sobre o impacto que o confinamento tem sobre essas populações”, destaca a Dra. Jackeline. O projeto busca investigar esse impacto na psicologia e na economia. Os objetivos específicos da pesquisa incluem avaliar a percepção de risco e sintomas de ansiedade e depressão, além de conhecer experiências de convivência, mudanças de comportamento e situações de trabalho. A coleta de dados será feita de modo semelhante em cada país.
Desenho da pesquisa
Na etapa quantitativa, será utilizado o questionário online, aplicado durante o confinamento e, novamente, depois de seis meses. O formulário contém perguntas sobre a situação de confinamento, as condições de vida e a percepção de medidas políticas e de saúde pública, entre outras. Já a etapa qualitativa consiste em uma entrevista por telefone, que permitirá conhecer experiências vividas pela população durante o confinamento. O estudo foi aprovado pela Comissão Nacional de Ética em Pesquisa (Conep).
O que já se sabe
O confinamento é importante e, por vezes, essencial para evitar a disseminação do coronavírus e proteger a saúde coletiva, mas são necessárias medidas que reduzam seus efeitos negativos na convivência e no bem-estar. Estudos anteriores, em outros locais, já associaram o confinamento a uma alta prevalência de conflitos emocionais, depressão, insônia e estresse, inclusive estresse pós-traumático. “Os tomadores de decisões políticas devem adotar medidas para garantir que a experiência do confinamento seja o mais tolerável possível para as pessoas”, justifica o novo projeto. É necessário, portanto, identificar os grupos mais vulneráveis (no que se refere à saúde mental, por exemplo) e analisar as consequências para as diferentes populações.
O questionário da pesquisa já está disponível. Responda e convide amigos e familiares para responderem também. A participação de todos é muito importante.
Acesse a notícia completa na página da Fiocruz.
Fonte: Fernanda Marques (Fiocruz Brasília).
Os comentários constituem um espaço importante para a livre manifestação dos usuários, desde que cadastrados no Portal Tech4Health e que respeitem os Termos e Condições de Uso. Portanto, cada comentário é de responsabilidade exclusiva do usuário que o assina, não representando a opinião do Portal Tech4Health, que pode retirar, sem prévio aviso, comentários postados que não estejam de acordo com estas regras.
Apenas usuários cadastrados no Portal tech4health t4h podem comentar, Cadastre-se! Por favor, faça Login para comentar