Destaque

Dispositivos vestíveis mostram que a atividade física pode reduzir a fibrilação atrial e o risco de acidente vascular cerebral

Fonte

Hospital Geral de Massachusetts

Data

quarta-feira. 26 maio 2021 10:15

A atividade física em conformidade com as diretrizes médicas está associada a um menor risco de fibrilação atrial e derrame, de acordo com um estudo realizado por pesquisadores do Hospital Geral de Massachusetts (MGH), nos Estados Unidos, que analisou cerca de 100.000 indivíduos equipados com acelerômetros usados ​​no pulso para medir seu movimento. As descobertas dos pesquisadores sugerem que os dados de dispositivos vestíveis, incluindo uma nova geração de dispositivos com sensores que permitem a detecção de fibrilação atrial, podem fornecer uma oportunidade para a comunidade de saúde pública promover a atividade física moderada como uma forma eficaz de melhorar os resultados de saúde. O estudo foi publicado na revista científica European Heart Journal.

“Embora alguns estudos de base populacional tenham observado um risco menor de fibrilação atrial com [a prática de] exercícios, a relação permaneceu inconclusiva em parte porque esses estudos se basearam em autorrelatos dos participantes, uma ciência menos do que exata”, disse o Dr. Steven Lubitz, autor sênior do estudo e pesquisador da Divisão de Cardiologia do MGH. “Os acelerômetros vestíveis, por outro lado, fornecem uma medida objetiva e reproduzível da atividade física. O que descobrimos foi que a atividade de acordo com as recomendações das diretrizes está de fato associada a riscos substancialmente menores de fibrilação atrial e acidente vascular cerebral”, continuou o pesquisador.

Quase 100.000 membros do UK Biobank concordaram em usar acelerômetros – dispositivos eletromagnéticos que medem o movimento do corpo e a orientação para inferir certas atividades – por sete dias. Os pesquisadores do MGH então compararam esses dados com diagnósticos posteriores de fibrilação atrial e acidente vascular cerebral entre os participantes, a maioria entre 55 e 70 anos de idade, relatados ao Biobank de 2013 a 2020.

“Nossos resultados apoiaram as recomendações da Sociedade Europeia de Cardiologia, da Associação Americana do Coração e da Organização Mundial da Saúde para 150 minutos ou mais de atividade física moderada a vigorosa por semana”, observou o Dr. Shaan Khurshid, autor principal do estudo e pesquisador da Divisão de Cardiologia do MGH.

Dado o crescimento explosivo de dispositivos “inteligentes” com recursos de detecção cada vez mais sofisticados, o estudo enfatizou as oportunidades estimulantes que agora existem para vincular programas de prevenção de doenças a diagnósticos de fibrilação atrial. Esses dispositivos incluem dispositivos vestíveis e smartphones capazes de medir a frequência cardíaca e, assim, detectar possíveis arritmias e outras irregularidades por meio de sua fotopletismografia (uma técnica que detecta mudanças no fluxo sanguíneo através de sensores na pele) e recursos eletrocardiográficos (ECG).

“Não é difícil imaginar como esses dispositivos poderiam ser usados ​​por médicos e pacientes para atingir um nível de atividade física que sabemos estar associado a um risco reduzido de fibrilação atrial. E com a identificação potencial de fibrilação atrial por meio de fotopletismografia e eletrocardiografia, os usuários podem ser alertados a procurar atendimento profissional antes do desenvolvimento de um derrame”, destacou o Dr. Steven Lubitz.

O Dr. Lubitz tem esperança de que essas tecnologias emergentes possam ser aplicadas não apenas à fibrilação atrial e ao derrame, mas também a outras formas de doença cardiovascular, incluindo hipertensão, e doenças metabólicas como diabetes, que podem ser afetadas pela atividade física de acordo com as diretrizes. “Dispositivos vestíveis capazes de monitorar atividades objetivas, mensagens motivacionais e detecção de doenças podem ser intervenções de baixo custo e altamente eficazes para melhorar os resultados de saúde para um número incontável de pessoas.”

Acesse o artigo científico completo (em inglês).

Acesse a notícia completa na página do Hospital Geral de Massachusetts (em inglês).

Fonte: Hospital Geral de Massachusetts.

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