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COVID-19: falta de oxigênio afeta mais de meio milhão de pessoas em países de baixa e média renda

Fonte

Nações Unidas Brasil

Data

segunda-feira. 1 março 2021 11:55

Reconhecendo a importância central do fornecimento sustentável de oxigênio – ao lado de produtos terapêuticos como a dexametasona – para o tratamento da COVID-19, o pilar terapêutico do acelerador de acesso a ferramentas contra a COVID-19 (ACT) está assumindo um novo papel de coordenação e defende o aumento do fornecimento de oxigênio. Em parceria com um consórcio liderado pela Organização Mundial da Saúde (OMS), foi anunciado no último dia 25 de fevereiro o lançamento da Força-Tarefa para Emergência de Oxigênio devido à COVID-19 (COVID-19 Oxygen Emergency Taskforce).

Desde o início da pandemia, o acesso sustentável ao oxigênio tem sido um desafio crescente em países de baixa e média renda. A pandemia de COVID-19 pressionou os sistemas de saúde, com hospitais em muitos desses países ficando sem oxigênio, resultando em mortes evitáveis e famílias de pacientes hospitalizados pagando um alto preço pela escassez de suprimentos.

O oxigênio é essencial e, apesar de ser vital para o tratamento eficaz de pacientes com COVID-19 hospitalizados, o acesso em países de baixa e média renda é limitado devido ao custo, infraestrutura e barreiras logísticas. As unidades de saúde muitas vezes não têm acesso ao oxigênio do qual precisam, resultando em uma perda desnecessária de vidas.

Estima-se que mais de meio milhão de pessoas em países de baixa e média renda precisam atualmente de 1,1 milhão de cilindros de oxigênio por dia, com 25 países relatando picos de demanda, a maioria na África. Esse suprimento era limitado antes da COVID-19, mas foi agravado pela pandemia.

O diretor executivo da Unitaid, Dr. Philippe Duneton, disse que “esta é uma emergência global que precisa de uma resposta verdadeiramente global, tanto de organizações internacionais quanto de doadores. Muitos dos países que viram essa demanda lutaram antes da pandemia para atender às suas necessidades diárias de oxigênio. Agora é mais vital do que nunca que nos unamos para desenvolver o trabalho que já foi feito, com o firme compromisso de ajudar os países mais afetados o mais rápido possível”.

A força-tarefa determinou uma necessidade imediata de um financiamento de US$ 90 milhões para enfrentar os principais desafios no acesso e distribuição de oxigênio em até 20 países, incluindo Malaui, Nigéria e Afeganistão. Este primeiro conjunto de países foi identificado com base em avaliações coordenadas pelo Programa de Emergências de Saúde da OMS, a fim de combinar as necessidades do país com o potencial financiamento – como por meio do Banco Mundial e do Fundo Global. A Unitaid e Wellcome vão injetar US$ 20 milhões no total.

As necessidades urgentes e de curto prazo de outros países serão medidas e custeadas nas próximas semanas, com a necessidade de financiamento geral ao longo dos próximos 12 meses estimada pelo ACT em US$ 1,6 bilhão – um valor que será regularmente revisado.

O diretor-executivo do Programa de Emergências de Saúde da OMS, Mike Ryan, afirmou que “o oxigênio salva vidas e é imperativo avançar mais rapidamente para aumentar a escala holisticamente com soluções completas centradas no paciente que melhoram os resultados clínicos. A OMS tem trabalhado por meio do Consórcio Biomédico para reunir os parceiros técnicos, clínicos e de compras com cerca de US$ 80 milhões em equipamentos biomédicos adquiridos para países de baixa e média renda. A Força-Tarefa ajudará a impulsionar o aumento da escala de oxigênio por meio de mais inovação, financiamento e capacitação”.

“Fizemos avanços críticos no fornecimento de cuidados e tratamentos clínicos que salvam vidas para pacientes com COVID-19 no ano passado. O impacto da combinação de oxigênio e dexametasona para tratar pacientes gravemente doentes tem sido, em particular, incrível. Mas o acesso global aos avanços permanece desigual. Precisamos aumentar urgentemente o acesso ao oxigênio medicinal para garantir que os pacientes estejam se beneficiando, independentemente de onde morem e da capacidade de pagar. A solidariedade internacional é a maneira mais rápida – e única – de sair desta pandemia. É um imperativo de saúde pública, científico, econômico e moral que todas as ferramentas sejam disponibilizadas globalmente”, declarou o diretor de operações da Wellcome, Dr. Paul Schreier.

Acesse a notícia completa na página das Nações Unidas Brasil.

Fonte: Nações Unidas Brasil.

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