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Depressão em mulheres: SUS oferece atendimento

Diferentes processos hormonais ao longo da vida fazem com que a mulher seja mais vulnerável a esse distúrbio

Divulgação

Fonte

SES_MG

Data

quinta-feira, 10 março 2016 08:25

Áreas

Saúde Pública. Psiquiatria. Psicologia.

Uma tristeza que se estende por semanas a fio, um sentimento de apatia e desânimo que não passa, dificuldades para dormir, falta de apetite e fadiga. Uma mistura de sentimentos e sensações que não se sabe como administrar num mundo que somente se apresenta na cor cinza. Esse é o dia-a-dia de uma pessoa com depressão, distúrbio sério de alteração do humor que, em muitos casos, chega a caracterizar-se como incapacitante.

No caso das mulheres, os diferentes processos hormonais pelos quais o sexo feminino passa ao longo da vida, podem fazer com que esse grupo seja mais vulnerável a esse distúrbio. O Coordenador Estadual de Saúde Mental da Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais, Dr. Humberto Cota Verona, esclarece que antes da adolescência, a prevalência de depressão é a mesma em meninas e meninos. Entretanto, com a chegada desta fase da vida, o risco das garotas desenvolverem depressão aumenta duas vezes mais que o dos garotos.

“Alguns especialistas acreditam que mudanças hormonais estão relacionadas a este risco aumentado. Estas mudanças são evidentes durante a puberdade, gravidez e menopausa, assim como no pós-parto, histerectomia (cirurgia de retirada do útero) ou aborto. Além disso, as flutuações hormonais que ocorrem a cada ciclo menstrual provavelmente contribuem para a síndrome pré-menstrual ou TPM”, afirma o Dr. Humberto.

Diferença entre tristeza e depressão

É natural passar por um período de tristeza, motivado, em alguns casos, por uma situação negativa que tenha acontecido. No entanto, é importante destacar que tristeza é um sentimento, enquanto a depressão é uma doença que, quando não diagnosticada e tratada de forma adequada, pode prejudicar a vida pessoal e profissional da mulher.

Tratamento

Vale ressaltar que somente um médico pode diagnosticar doenças, indicar tratamentos e receitar remédios. Dessa forma, em caso de sintomas característicos da depressão, a porta de entrada principal do Sistema Único de Saúde (SUS) é a Unidade Básica de Saúde (UBS), também conhecida como Centro ou Posto de Saúde. O Dr. Humberto Verona explica que as equipes da atenção básica estão preparadas para acolher e direcionar o cuidado de pessoas com sintomas depressivos. “Quando o caso requer atendimento especializado, as equipes buscam o apoio de profissionais da saúde mental – psicólogos, psiquiatras, assistentes sociais, enfermeiros, terapeutas ocupacionais, dentre outros”, explica Humberto.

A rede pública de saúde conta também com os Centros de Atenção Psicossocial (CAPS), que funcionam como retaguarda para tratamentos intensivos sempre que há necessidade de cuidado próximo com permanência dia ou noite do paciente no serviço.

Os programas voltados para melhoria da qualidade de vida também apresentam um efeito importante sobre sintomas depressivos, pois aumentam a resiliência e a capacidade de respostas das pessoas às situações adversas e ao estresse. “Esses programas são encontrados nas ações de saúde da Atenção Básica como grupos de convivência, práticas integrativas e complementares, como Lian Gong (prática corporal oriental), acupuntura, massoterapia, práticas de caminhada e alongamento, dentre outros”, explica o coordenador.

Dicas de como lidar com os sintomas da depressão

  • Use medicamentos apenas se for extremamente necessário e somente com a prescrição de um médico. Aos primeiros sinais e sintomas procure a Unidade de Saúde mais próxima à sua casa.
  • Mantenha uma dieta saudável e faça exercícios regularmente.
  • Engaje-se em algum projeto que promova um sentido de realização à sua vida.
  • Procure ter boas noites de sono e mantenha seu quarto arejado e confortável.
  • Procure apoio emocional com familiares, amigos ou profissionais.
  • Mantenha-se conectado com sua família ou com pessoas em quem confie.
  • Consolide seus laços de amizade.

 

Fonte: Fernanda Rosa, SES-MG. Imagem: Divulgação.

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