Notícia

Biossensor em miniatura pode monitorar condição de feridas graves

Novo biossensor capaz de monitorar com precisão o estado de uma ferida crônica foi desenvolvido no Reino Unido

Divulgação, Universidade Nottingham Trent

Fonte

Universidade Nottingham Trent

Data

sábado, 3 setembro 2022 17:40

Áreas

Bioeletrônica. Bioinformática. Biotecnologia. Computação. Engenharia Biomédica. Engenharia de Tecidos. Medicina. Saúde Pública.

As feridas representam um crescente problema de saúde que afeta milhares de pacientes em todos os ambientes de saúde e assistência social, levando a uma espiral de gastos em um sistema de saúde já sobrecarregado. Uma das necessidades mais urgentes no tratamento de feridas é o desenvolvimento de sistemas que permitam aos médicos identificar a progressão precoce ou deterioração das feridas.

Neste sentido, um novo biossensor capaz de monitorar com precisão a condição de uma ferida crônica foi desenvolvido por uma equipe de pesquisa da Universidade Nottingham Trent e do Nottingham University Hospitals NHS Trust, no Reino Unido. A equipe de pesquisa disse que o objetivo é que a tecnologia seja incorporada aos curativos para que eles não precisem ser removidos e substituídos continuamente para avaliar como uma ferida está cicatrizando.

Os pesquisadores disseram que, com o tempo, a tecnologia – um sensor impresso de proteína – pode ajudar a reduzir o risco de os pacientes ficarem gravemente doentes, evitar amputações e economizar tempo e investimentos.

Atualmente, os pacientes não podem avaliar a condição de uma ferida e os profissionais de saúde são obrigados a remover o curativo para avaliá-lo visualmente. Isso pode levar tempo, pois os pacientes precisam de uma consulta e remover o curativo precocemente pode prolongar o processo de cicatrização, piorar as cicatrizes ou introduzir uma infecção. O curativo também precisa ser substituído cada vez que a ferida é verificada, o que leva mais tempo.

As feridas crônicas incluem feridas como resultado de lesão ou trauma grave, úlceras, úlceras de pressão ou por doenças como diabetes. O novo biossensor, que seria integrado ao curativo, usa eletrodos para analisar a concentração de proteínas específicas em uma ferida de forma constante e em tempo real.

Usando tecnologia baseada em aplicativo, o paciente poderia fazer uma leitura e receber algumas informações simples segurando um smartphone próximo ao curativo. Então, poderia marcar uma consulta, se necessário, para que [o curativo] pudesse ser verificado por um médico. O sensor em miniatura, leve e flexível, seria capaz de determinar se o curativo precisa ser trocado, se não é mais necessário ou se a ferida tem infecção.

Os pesquisadores disseram que, agora que a tecnologia está estabelecida, o próximo passo será trabalhar com médicos consultores e fornecedores de tecnologia digital para analisar a possibilidade de transformá-la em produtos comerciais. O projeto também envolve a parceira da indústria Kymira.

“Atualmente, não há como monitorar a condição de uma ferida sem marcar uma consulta, remover o curativo e observar a ferida”, disse o pesquisador Dr. Yang Wei, especialista em têxteis eletrônicos e Engenharia Eletrônica na Escola de Ciências e Tecnologia da Universidade Nottingham Trent.

“O sensor analisa biomarcadores químicos para dar uma indicação se uma ferida está cicatrizando ou não e pode ajudar a remover uma série de riscos associados à remoção e substituição contínuas e trabalhosas de curativos. Além de melhorar a qualidade de vida dos pacientes, pode acelerar o processo de cicatrização, ajudar a evitar infecções e evitar o agravamento das cicatrizes. As feridas podem levar meses para cicatrizar e isso pode ser de grande benefício para muitas pessoas. Ele permite que os próprios pacientes monitorem a ferida e reduzam a preocupação com sua condição, além de economizar tempo e dinheiro no processo. Também seria consistente e quantificável e ajudaria a remover a natureza subjetiva de avaliar uma ferida”, explicou o Dr. Yang Wei.

O Dr. John Hunt, pesquisador da Medical Technologies Innovation Facility (MTIF) da Universidade Nottingham Trent, que também esteve envolvido no estudo, destacou: “Esta pesquisa aborda uma necessidade clara de tratamentos aprimorados. A abordagem não apenas proporcionará uma melhor cicatrização de feridas, mas também reduzirá as preocupações dos pacientes, reduzirá as visitas em casa ou com o profissional de saúde e permitirá que as pessoas gerenciem sua saúde e mantenham maior independência”.

Os resultados foram publicados na revista Scientific Reports.

Acesse o artigo científico completo (em inglês).

Acesse a notícia completa na página da Universidade Nottingham Trent (em inglês).

Fonte: Universidade Nottingham Trent. Imagem: esquema básico do biossensor. Fonte: Divulgação, Universidade Nottingham Trent.

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