Notícia

A tomossíntese mamária é o melhor método de mamografia?

Novas tecnologias de diagnóstico por imagem podem ajudar a detectar tumores

Divulgação, Siemens Healthcare

Fonte

Siemens Healthcare.

Data

terça-feira, 27 setembro 2016 20:00

Áreas

Oncologia. Diagnóstico por Imagem. Câncer de Mama. Mamografia.

Apesar de controvérsias em todo o mundo, a mamografia se tornou o padrão para a detecção precoce sistemática de câncer de mama. Novas tecnologias de imagem como a tomossíntese poderiam dar início a uma nova era de triagem e ajudar a desenvolver uma estratégia para o rastreamento ser tão racional e eficiente quanto possível.

Tomossíntese como método de mamografia

Os últimos resultados parciais de um grande estudo de coorte realizado em Malmö, na Suécia, sugerem que a tomossíntese mamária, um processo relativamente novo de imagem para a representação 3D da mama, poderia substituir a mamografia convencional 2D no futuro e, assim, mudar a prática do rastreio do câncer de mama internacionalmente. “A tomossíntese é o melhor método de mamografia”, explica a radiologista e principal autora do estudo, a Dra. Sophia Zackrisson da Universidade de Lund, na Suécia. “O método oferece vantagens significativas, em particular para o rastreamento.”

A mamografia digital 2D é atualmente o padrão ouro do mundo para o rastreamento do câncer de mama. No entanto, sabe-se também que esta técnica de raios-X não detecta todos os tumores da mama. Na verdade, até um terço de todos os cânceres podem permanecer não detectados, especialmente em mulheres com tecido mamário muito denso. Uma razão para isto é que a sobreposição do tecido da mama pode cobrir tumores e assim evitar que eles sejam vistos na mamografia 2D. Com a tomossíntese, no entanto, o tubo de raios-X move-se em um arco sobre o peito e a captura de imagens com baixa dosagem é feita através de vários ângulos. Estes dados de imagem são então usados para calcular as camadas com espessura de 1 milímetro em todo o tecido da mama. As camadas são então apresentadas como uma pilha que o radiologista pode acessar em detalhes.

Não é uma mistura de tecnologias, mas uma estratégia racional

Estudos feitos nos últimos anos têm demonstrado que mais tumores são descobertos quando a tomossíntese é usada, além de mamografia. No entanto, o estudo sueco apresentou uma abordagem diferente. “Nós não queremos simplesmente adicionar diferentes tecnologias, mas sim desenvolver uma estratégia para o rastreamento ser tão racional e eficiente quanto possível”, afirma a Dra. Sophia Zackrisson. Os ensaios clínicos, que começaram em 2010 em Malmö foram, portanto, concebidos desde o início para examinar se a tomossíntese é superior à mamografia como um procedimento de triagem e se poderia substituí-la como método padrão.

De acordo com os resultados preliminares, este parece ser o caso. Uma análise parcial de 7.500 dos 15.000 participantes do estudo mostra que uma visão de tomossíntese detecta até 43% mais cânceres do que a mamografia 2D e também reduz a exposição à radiação. Além disso, a força necessária para comprimir o peito pode também ser significativamente reduzida. “Para muitas mulheres, a compressão da mama durante a mamografia é muito doloroso“, diz a Dra. Kristina Lång, colega da Dra. Zackrisson.

Questões pendentes que devem ser resolvidas no futuro

Os pesquisadores continuam estudando se o novo método realmente detecta cânceres mais agressivos da melhor maneira. Outro cenário possível é que os tumores adicionais detectados são realmente de pouco risco, e que tomossíntese poderia ocasionalmente levar a excesso de diagnósticos. Uma característica importante é que o tempo necessário para avaliar os resultados da tomossíntese é maior devido ao grande número de fatias para cada mama. Além disso, os resultados preliminares mostram que mais mulheres precisam de um diagnóstico adicional para esclarecer os resultados. No entanto, esta taxa de reconvocação tem aumentado em proporção com a taxa de detecção de câncer, o que é consistente para os programas de rastreamento onde a taxa de repetição do exame da mamografia 2D já era muito baixo.

“Também observamos que a taxa de repetição do exame, bem como o tempo necessário para ler as imagens, diminuiu com o aumento da experiência do médico”, relata a Dra. Kristina Lång. “Existe aparentemente uma curva de aprendizagem significativa aqui.” A avaliação definitiva do procedimento será feita nos próximos anos, depois de terminado o estudo. Os pesquisadores Malmö também querem apresentar uma análise detalhada da relação custo-eficiência do novo método.

Fonte: Martin Lindner, Siemens Healthcare. Tradução: Tech4Health. Imagem: Divulgação, Siemens Healthcare.

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