Notícia
Medicina regenerativa: nova descoberta permite criar células-tronco que podem reproduzir células da placenta
Pesquisadores descobriram uma nova maneira de criar células-tronco trofoblásticas induzidas (iTSCs) que podem ser usadas para a produção de células da placenta
Xiaodong Liu, Jia Tan e Monika Mohenska, Universidade Monash
Fonte
Universidade Monash
Data
sábado, 19 setembro 2020 12:30
Áreas
Células-tronco. Medicina. Medicina Regenerativa.
Uma colaboração internacional envolvendo a Universidade Monash, na Austrália, e pesquisadores da Escola Médica Duke-NUS, em Singapura, fizeram uma descoberta inesperada sobre células-tronco que pode levar a novos tratamentos para complicações da placenta durante a gravidez.
Embora seja amplamente conhecido que as células da pele adulta podem ser reprogramadas em células semelhantes às células-tronco embrionárias humanas que podem então ser usadas para desenvolver tecidos de órgãos humanos – conhecidas como células-tronco pluripotentes induzidas (iPSCs) – o mesmo processo não poderia criar o tecido da placenta.
As iPSCs abriram o potencial para terapias celulares personalizadas e novas oportunidades para a medicina regenerativa, testes de drogas seguras e avaliações de toxicidade, no entanto, pouco se sabia sobre exatamente como elas são.
Uma equipe internacional liderada pelo professor Dr. Jose Polo, do Biomedicine Discovery Institute da Universidade Monash e do Australian Research Medicine Institute, em conjunto com o professor Dr. Owen Rackham da Duke-NUS, examinou as mudanças moleculares pelas quais as células da pele adulta passaram para se tornarem iPSCs. Foi durante o estudo desse processo que eles descobriram uma nova maneira de criar células-tronco trofoblásticas induzidas (iTSCs) que podem ser usadas para a produção de células da placenta.
Esta descoberta impactante, também envolvendo a experiência de três primeiros autores, Dr. Xiaodong Liu, Dr. John Ouyang e Dr. Fernando Rossello, permitirá pesquisas adicionais em novos tratamentos para complicações da placenta e a medição da toxicidade de drogas para as células da placenta, que tem implicações durante a gravidez.
“Isso é realmente importante porque as iPSCs não podem dar origem à placenta, portanto, todos os avanços na modelagem da doença e na terapia celular que as iPSCs trouxeram não se traduziram na placenta”, disse o professor Polo.
“Quando comecei meu doutorado, cinco anos atrás, nosso objetivo era entender os detalhes básicos de como as iPSCs são feitas; no entanto, ao longo do caminho, também descobrimos como fazer iTSCs”, destacou o Dr. Liu. O Dr. John Ouyang também salientou: “Esta descoberta fornecerá a capacidade de modelar a placenta humana in vitro e possibilitará um caminho para futuras terapias celulares”.
“Este estudo demonstra como, ao combinar com sucesso as ferramentas experimentais e computacionais de ponta, a ciência básica leva a descobertas inesperadas que podem ser transformadoras”, concluiu o professor Rackham.
A descoberta foi publicada na revista científica Nature.
Acesse o artigo científico completo (em inglês).
Acesse a notícia completa na página da Universidade Monash (em inglês).
Fonte: Wendy Smith, Universidade Monash. Imagem: Cultura in vitro de células-tronco trofoblásticas induzidas (rosa) envolvendo grupos de células-tronco pluripotentes induzidas (ciano). Fonte: Xiaodong Liu, Jia Tan e Monika Mohenska, Universidade Monash.
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