Notícia

Tratamento de varizes e a escleroterapia

Método é menos invasivo, sem corte e não tem ponto cirúrgico

Divulgação

Fonte

Ebserh, HU-UFS e Agência Saúde

Data

domingo, 25 dezembro 2016 12:00

Áreas

Medicina. Saúde Pública. Políticas Públicas. Cirurgia Vascular.

Só quem sofre com varizes conhece o desconforto causado por elas. Para alguns, a doença não passa de uma preocupação puramente estética, mas em muitas situações as varizes podem causar dor e até mesmo problemas mais graves, como sérias doenças circulatórias. Além disso, dados do Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS) apontam que cerca de R$ 12 milhões são gastos por mês com trabalhadores acometidos pela doença.

Escleroterapia com espuma pode ser oferecida no SUS

Considerada inovadora pelos médicos, a escleroterapia com espuma não é cirúrgica e consiste em aplicar uma substância esclerosante chamada Poidocanol, em forma de espuma, diretamente nas varizes, até que estas desapareçam. “Por duas vezes foi solicitada à Conitec a incorporação da técnica no SUS, mas a documentação foi incompleta. É uma técnica já conhecida, barata e, por isso, determinei à Conitec a avaliação para a incorporação”, enfatizou o Ministro da Saúde, Ricardo Barros.

Atualmente, além de ofertar tratamento cirúrgico para varizes, o SUS disponibiliza atendimento fisioterapêutico e fasciotomia p/ descompressão. “Temos mais de dez mil angiologistas e cirurgiões vasculares no SUS, realizamos no último ano 1,2 milhões de ultrassonografias coloridas e mais de 70 mil cirurgias para retirada de varizes”, completou o Ministro da Saúde.

HU de Sergipe oferece ecoescleroterapia guiada por ultrassom

No Hospital Universitário da Universidade Federal de Sergipe (HU-UFS), a técnica da ecoescleroterapia com espuma guiada por ultrassom, popularmente chamada de aplicação com espuma, vem sendo utilizada para resolver os problemas de varizes dos pacientes. O método, de acordo com a cirurgiã vascular do HU-UFS, Dra.Cristiane Vilaça, é menos invasivo, sem corte e não tem ponto cirúrgico.

Em alguns casos é necessária a anestesia local. No entanto, o usuário que passa por esse procedimento tem uma recuperação muito mais rápida, comparando-se à cirurgia convencional”, afirma. Ela diz ainda que a cirurgia convencional atenderia a cerca de dois pacientes, contra seis a sete na ecoescleroterapia. “É uma alternativa mais barata e mais rápida, além dos outros benefícios que citei”, pontua.

O Hospital Universitário de Sergipe chega a realizar 40 procedimentos por mês. “O paciente tem que chegar até o ambulatório do HU regulado pelo município. No ambulatório, ele é avaliado por um angiologista e um cirurgião vascular, faz os exames necessários e verificamos se ele está apto ao procedimento”, explica a médica.

Casos em que se aplica a ecoescleroterapia com espuma

A Dra. Cristiane Vilaça enfatiza que a aplicação com espuma pode ser feita em praticamente todos os casos de varizes, mas que é mais aconselhável para situações graves. “Normalmente o paciente que passará pelo procedimento apresenta uma úlcera ou uma lesão de coloração na pele, mas vale ressaltar que existem também as contraindicações à aplicação, como alergia ao produto utilizado no procedimento e histórico de trombose ou doenças descompensadas, como hipertensão e diabetes”, detalha.

Fatores de risco para varizes

Entre os principais fatores que podem gerar varizes estão a postura, passar muito tempo de pé ou sentado, gestação, uso de anticoncepcional e carregar muito peso. “Todos esses podem influenciar, mas as causas de varizes predominantes ainda são de predisposição genética”, lembra a cirurgiã.

Outro ponto destacado por ela refere-se ao uso de salto alto. “O salto, quando muito alto, pode prejudicar a panturrilha, o que pode agravar as varizes, mas pode ser usado um salto intermediário, de 4cm a 5cm. O aparecimento da doença não tem idade, é mais frequente em mulheres, e tende a piorar com a gestação. A atividade física com excesso de carga também pode agravar o problema, mas o fato de subir e descer escadas, não, ao contrário do que muita gente acredita”, esclarece.

Acesse a matéria publicada na Agência Saúde sobre a aplicação da escleroterapia no SUS.

Fonte: Ebserh, HU-UFS e Agência Saúide. Imagem: Divulgação.

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