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Tratamento da hipertensão persistente: registros eletrônicos de saúde e medicina personalizada podem ajudar

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Fonte

Escola de Medicina da Universidade Yale

Data

segunda-feira, 13 março 2023 06:05

Áreas

Assistência Social. Biomedicina. Cardiologia. Ciência de Dados. Computação. Gestão da Saúde. Inteligência Artificial. Medicina. Saúde Pública.

O controle da hipertensão é um desafio: apesar da disponibilidade de medicamentos anti-hipertensivos e dos benefícios do exercício regular, um número significativo de pacientes continua lutando contra a hipertensão persistente. Para resolver esse problema, está sendo desenvolvida uma nova taxonomia que busca atingir as causas profundas dessa condição.

Liderado pela Dra. Yuan Lu, professora da Escola de Medicina da Universidade Yale, nos Estados Unidos, e membro do Centro de Pesquisa e Avaliação de Resultados (CORE) de Yale, um estudo foi publicado recentemente na revista científica Circulation: Cardiovascular Quality & Outcomes.

Os médicos podem prescrever um ou mais tratamentos anti-hipertensivos para ajudar os pacientes a atingir uma pressão arterial abaixo de 130 mmHg e 80 mmHg. No entanto, os pacientes com hipertensão resistente ao tratamento têm uma condição subjacente que torna a medicação menos eficaz. O termo ‘hipertensão persistente’ é um conceito mais abrangente do que ‘hipertensão resistente’, que se refere a múltiplas elevações da pressão arterial ao longo do tempo. Os pacientes com hipertensão persistente podem incluir pessoas com hipertensão resistente, ausência de diagnóstico, tratamento inadequado ou modificação do estilo de vida, baixa adesão, faltas às consultas e aqueles com outras barreiras aos cuidados de saúde.

Neste cenário, a Dra. Yuan Lu e colegas analisaram pacientes no Yale New Haven Health System com 5 ou mais medições consecutivas de pressão arterial elevada entre 1º de janeiro de 2013 e 31 de outubro de 2018. Eles conduziram uma análise qualitativa do conteúdo das anotações clínicas nos registros eletrônicos de saúde (EHRs).

“Em nossos dados do Yale New Haven Health System, descobrimos que a hipertensão resistente ao tratamento é de 5% a 10% de todos os pacientes com hipertensão. Muitos pacientes têm hipertensão persistente devido a outros motivos, como barreiras financeiras e baixa adesão aos medicamentos”, disse a Dra. Yuan Lu.

Espera-se que os ensaios clínicos de Fase II para um novo medicamento anti-hipertensivo comecem ainda este ano. No entanto, um novo medicamento não resolverá a origem do problema. “Dadas as muitas razões pelas quais os pacientes podem ter hipertensão persistente, as intervenções para lidar com essas razões são diferentes”, disse a pesquisadora. “Primeiro, precisamos classificar as pessoas e determinar quais são as barreiras para alcançar o controle da pressão arterial e, em seguida, combiná-las com intervenções direcionadas que abordem essas barreiras”.

Por exemplo, alguns pacientes podem se beneficiar de um assistente social se tiverem problemas financeiros para obter medicamentos. Para outros, pode ser necessário intensificar o tratamento anti-hipertensivo se a medicação atual não for suficiente. “Atualmente, estamos alavancando uma taxonomia por meio do Yale New Haven Health System, mas acreditamos que esse canal possa ser aplicado a outros sistemas de saúde e a outras condições crônicas, como o diabetes”, disse a Dra. Yuan Lu. O objetivo é usar algoritmos de computador para automatizar essa taxonomia e aprimorar intervenções personalizadas para pacientes com hipertensão persistente.

O poder da Ciência de Dados para promover o tratamento da hipertensão

A Ciência de Dados e a pesquisa científica podem ser usadas para aprimorar o atendimento personalizado para hipertensão. A próxima etapa deste estudo seria desenvolver um sistema que possa automatizar a taxonomia usando aprendizado de máquina e métodos de processamento de linguagem natural e projetar ferramentas de suporte à decisão clínica baseadas em EHR que possam conectar pacientes a cuidados direcionados e de alta qualidade em escala. Essas ferramentas podem enviar notificações automatizadas à equipe de cuidados primários, recomendar a terapia apropriada ou conectar o paciente a serviços para melhorar sua saúde geral.

“Uma ideia que temos é chamada de ‘centro de comando’, para monitorar os pacientes e combinar com ferramentas de suporte à decisão clínica e sessões presenciais, se necessário. Como projetamos uma intervenção que se encaixe no fluxo de trabalho do médico e que os médicos estejam dispostos a usá-la? Será uma combinação de ciência de dados e ciência de implementação para orientar a intervenção de precisão para esses pacientes”, disse o Dr. Harlan Krumholz, autor sênior do artigo e diretor do Centro de Pesquisa e Avaliação de Resultados de Yale.

Acesse o resumo do artigo científico (em inglês).

Acesse a notícia completa na página da Escola de Medicina da Universidade Yale (em inglês).

Fonte: Elisabeth Reitman, Escola de Medicina da Universidade Yale. Imagem: Pixabay.

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