Notícia

Sistema inovador de terapia genética com nanopartículas elimina células cerebrais cancerígenas

Divulgação, Johns Hopkins University

Fonte

Johns Hopkins University

Data

sexta-feira, 6 fevereiro 2015 12:05

Áreas

Nanotecnologia. Câncer.

Apesar de décadas de cirurgias e tratamentos por quimioterapia e radioterapia para o glioma, uma cura para esse tipo de câncer cerebral permaneceu uma incógnita. Em um estudo publicado no site da revista científica ACS Nano, a equipe de pesquisa do Prof. Jordan Green, da Escola de Medicina da Universidade Johns Hopkins (EUA), usou com sucesso nanopartículas biodegradáveis para efetivamente aniquilar células cancerosas do cérebro – e prolongar a sobrevivência em ratos. O Dr. Jordan Green pertence ao Laboratório de Biomateriais e Infusão de Fármacos do Departamento de Engenharia Biomédica da Universidade.

As nanopartículas biodegradáveis, preenchidas com uma enzima codificada por ADN, vírus Herpes simplex tipo 1 timidina quinase (HSVtk), mostraram ser potentes para destruir as células cancerosas do cérebro. Quando os investigadores combinaram este composto com o ganciclovir, as nanopartículas carregadas foram 100% eficazes pra destruir as células de glioma cultivadas em laboratório.

“Em seguida, o sistema foi avaliado em ratos com glioma e verificamos que, com a utilização de um método chamado de administração realçada por convecção intracraniana (que usa um gradiente de pressão para melhorar a difusão ao longo do tumor), as nanopartículas poderiam penetrar completamente em todo o tumor, após uma única injeção“, diz Dr. Jordan Green. “Quando combinada com a administração sistêmica de ganciclovir, ratos com glioma maligno viveram significativamente mais tempo do que os ratos que não receberam este tratamento.”

Além disso, os resultados mostram que a liberação de DNA não viral de HSVtk combinada com a administração de ganciclovir tem efeitos antitumorais potentes.

Dr. Green observa que estudos de segurança e eficácia adicionais são necessários antes que o tratamento atinja o estágio clínico. Na sua forma atual, Dr. Green prevê que as nanopartículas seriam administradas localmente no cérebro durante a cirurgia que é comumente utilizada no tratamento do glioma. No futuro, estas nanopartículas podem ser administradas por via sistêmica, em vez de diretamente no cérebro. A equipe está tentando otimizar a distribuição intracraniana desta nova estratégia terapêutica genética com nanopartículas.

Outros autores do artigo científico publicado são Betty Tyler, Antonella Mangraviti, Stephany Y. Tzeng, Kristen L. Kozielski, Yuan Wang, Yike Jin, David Gullotti, Mariangela Pedone, Nitsa Buaron, Ann Liu, David R. Wilson, Sarah K. Hansen, Fausto J. Rodriguez, Guo-Dong Gao, Francesco DiMeco, Henry Brem e Alessandro Olivi.

Este estudo foi financiado pelo Instituto Nacional de Imagens Biomédicas e  Bioengenharia dos Estados Unidos.

Fonte: Johns Hopkins University. Imagem: Divulgação, Johns Hopkins University.

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