Notícia

Revisão sobre braços biônicos

Revisão publicada pela Academia Americana de Cirurgiões Ortopédicos mostra avanços e limitações

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Fonte

Fonte: Journal of the American Academy of Orthopaedic Surgeons.

Data

sexta-feira, 6 junho 2014 15:30

Áreas

Artificial Organs. Prosthesis.

Foi publicada na edição de junho do Journal of the American Academy of Orthopaedic Surgeons uma revisão sobre braços biônicos escrita pelo pesquisador Douglas T. Hutchinson, da Universidade de Utah nos Estados Unidos. O tema abordado enfatiza que a maioria das próteses utilizadas clinicamente são ineficazes, desconfortáveis, quentes e com uma interface inapropriada com o braço amputado. Além disso, os graus de liberdade dos dispositivos terminais da prótese (ou seja, a mão) são usualmente restritos a abertura e fechamento, sendo que algumas permitem rotação do punho.

Com o advento das próteses mioelétricas, houve a possibilidade da musculatura residual gerar sinais transcutâneos de controle dos movimentos da mão. No entanto, os músculos utilizados mais comumente são o bíceps e o tríceps, que não abrem e fecham a mão naturalmente. Outro descontentamento consiste no fato dos pacientes desejarem uma aparência mais natural da mão artificial do que apenas uma peça com formato não anatômico. Funcionalmente, as próteses são pesadas, não são à prova d’água e a cobertura com luvas parecidas com a pele desgasta-se rapidamente.

Outro dilema resulta da interface da prótese com o braço amputado. Essa questão precisa ser aperfeiçoada para possibilitar uma unidade mais leve, confortável e estável. A tecnologia que propicia a implantação direta no osso, ou integração óssea, produz melhor estabilidade e maior resistência. Isso facilitaria melhor feedback proprioceptivo, dando ao usuário a sensação que o braço protético pertence ao corpo.

Em relação aos sinais de controle, existem três soluções: sinal proveniente do músculo; sinal proveniente do sistema nervoso central ou do sistema nervoso periférico. Os sensores ligados á mão ativariam uma função específica da prótese que poderia detectar sinais elétricos produzidos pela contração de um músculo residual.

Outro avanço na melhora da geração desses sinais consiste na reinervação proporcionada por sensores mioelétricos implantáveis no momento da amputação. Os mais utilizados são cuffs neurais que liberam sinais gerados por diferentes fascículos musculares para que sejam transmitidos por múltiplos axônios sensoriais. Esse progresso visa tornar o braço biônico uma realidade mais próxima do natural.

Fonte: Hutchinson, D.T. The quest for the bionic arm. Journal of the American Academy of Orthopaedic Surgeons, Vol. 22(6), p.346-351, 2014.

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