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Reabilitação intensiva pode proporcionar melhorias importantes na capacidade motora pós-AVC

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Fonte

Universidade Umeå

Data

segunda-feira, 27 novembro 2023 17:35

Áreas

Biomecânica. Fisiatria. Fisioterapia. Neurociências. Reabilitação. Saúde Pública.

A terapia de movimento induzido por restrição dos membros inferiores (LE-CIMT), ou seja, a fisioterapia de alta intensidade com exercícios seis horas por dia durante duas semanas, parece ser uma opção de tratamento que pode ser realizada tanto na reabilitação ambulatorial hospitalar quanto em atendimento ambulatorial.

Pacientes que tiveram acidente vascular cerebral (AVC) tratadas com LE-CIMT foram entrevistados e consideram o tratamento absolutamente necessário. Com base na capacidade do paciente de caminhar uma distância de seis minutos, pode-se prever sua qualidade de vida relacionada à saúde em termos de função física, enfatizando a importância do treinamento de caminhada e locomoção na reabilitação pós-AVC.

“Descobrimos que o tratamento de alta intensidade produziu melhorias significativas na função das pernas com aumento da força, melhor equilíbrio e capacidade de andar e fazer duas coisas ao mesmo tempo”, disse a Dra. Ingela Marklund, que defendeu recentemente sua tese de doutorado sobre este estudo no Departamento de Medicina Comunitária e Reabilitação da Universidade Umeå, na Suécia.

Melhorias

Além disso, a velocidade de caminhada e a capacidade de percorrer distâncias maiores melhoraram em pessoas com AVC. Os pacientes mantiveram uma sustentação de peso uniforme ou melhorada na perna mais afetada para uma carga mais simétrica na posição em pé. As melhorias alcançadas foram mantidas no acompanhamento de três ou seis meses após o término do tratamento.

“Também encontramos uma forte correlação entre o tempo de doença e a idade nos testes funcionais realizados. Aqueles que completaram o LE-CIMT dentro de seis meses após o AVC melhoraram a velocidade de caminhada em maior grau do que aqueles que completaram o LE-CIMT após sete meses ou mais. Os participantes mais jovens tiveram melhor equilíbrio do que os mais velhos em um dos testes de equilíbrio”, destacou a pesquisadora.

Independência e autoestima

A análise das entrevistas realizadas sobre as experiências dos participantes gerou a importante observação de que o LE-CIMT proporcionou-lhes conhecimentos sobre si mesmos e como funciona o corpo. Esse conhecimento facilitou a possibilidade de viver a vida com mais facilidade. Sentiram que ainda havia esperança e oportunidade de melhoria funcional, o que lhes proporcionou aumento de independência e autoestima. Embora o tratamento tenha sido intenso e desafiador, foi considerado absolutamente necessário.

Maior participação

Em comparação com a população em geral na Suécia, os participantes tinham uma qualidade de vida relacionada com a saúde significativamente inferior em termos de função física, capacidade física, saúde geral e função social. Houve forte correlação entre os resultados do teste de caminhada de seis minutos e o domínio da função física.

“Com o aumento da função da perna afetada, criam-se condições para uma maior participação na sociedade de quem sofre um AVC. A força, o equilíbrio e a capacidade de caminhar e fazer duas coisas ao mesmo tempo são fatores importantes para reduzir o risco de quedas”, concluiu a Dra. Ingela Marklund.

Ingela Marklund defendeu sua tese de doutorado no último dia 24 de novembro de 2023.

Acesse a tese completa (em inglês).

Acesse a notícia completa na página da Universidade Umeå (em inglês).

Fonte: Claes Björnberg, Universidade Umeå. Imagem: Freepik.

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