Notícia

Pesquisadores desenvolvem prótese de tornozelo-pé com tecnologia de controle de movimentos

Protótipo foi criado buscando o conforto e a fácil adaptação para pessoas amputadas

Divulgação, UFPB

Fonte

UFPB | Universidade Federal da Paraíba

Data

sábado, 11 junho 2022 14:25

Áreas

Bioeletrônica. Biomecânica. Engenharia Biomédica. Fisiatria. Medicina. Ortopedia.

Pesquisadores da Universidade Federal da Paraíba (UFPB) criaram uma prótese ativa de tornozelo-pé que utiliza tecnologia de memória de forma. As próteses ativas são caracterizadas pela mobilidade e movimento de suas partes, podendo ser controladas de alguma forma pelo usuário.

O protótipo foi desenvolvido pelo Dr. Samuel de Oliveira, ex-aluno do Programa de Pós-Graduação em Engenharia Mecânica (PPGEM) da UFPB, então sob orientação do Dr. Cícero da Rocha Souto, professor do Centro de Energias Alternativas e Renováveis (Cear) da UFPB.

De acordo com o professor Cícero Souto, o estudo foi iniciado tendo em vista a necessidade de pessoas amputadas que não conseguem se adaptar a próteses mecânicas comuns. Para isso, a proposta foi desenvolver uma prótese ativa que tivesse a maior proximidade da marcha humana.

“O projeto tem como inovação ser uma prótese ativa, [ativada] por corrente elétrica, usando atuador com memória de forma com ruído zero na ativação. Isso a diferencia das outras próteses que utilizam motores e produzem ruídos ao serem ativadas. Além disso, a proposta tem custo relativamente baixo se comparada a outras”, explicou o professor.

Segundo o professor, com a tecnologia, é possível mostrar o perfil de torque com relação ao ângulo imposto pela caminhada, que é baseado em uma referência. Por meio desse processo, é possível alcançar uma grande similaridade com a marcha humana.

“Pesquisas mostram que as pessoas amputadas rejeitam as próteses de tornozelo-pé por não se adaptarem a uma caminhada diferente da humana. Por essa razão, o projeto da prótese tornozelo-pé busca a aproximação mais fiel possível do caminhar humano para que seja permitida a adaptação rápida”, informou o pesquisador da UFPB.

Para o professor Cícero, além de inovar tecnologicamente e ser econômico, esse tipo de projeto representa um valor social por ser um produto utilizado em uma pessoa amputada que, por vezes, sente-se excluída da sociedade.

Ele comentou sobre o processo de patenteamento do produto, afirmando que é de fundamental importância para que as empresas do ramo de fabricação de próteses possam tomar conhecimento sobre o dispositivo. O pedido de patente foi depositado em 2019 e aguarda concessão pelo Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI).

“Com o patenteamento, as empresas podem demonstrar interesse em formar parceria com a instituição de pesquisa para financiar o protótipo final e colocar em produção em série. Além disso, a patente expõe para a sociedade informações de soluções para os problemas diários com ciência e tecnologia aplicada”, esclareceu o professor.

No momento, a pesquisa se encontra no nível de maturidade TRL2 (Nível de Prontidão de Tecnologia) como protótipo de bancada. Os passos seguintes serão o desenvolvimento de uma estrutura mais rígida que possa ser testada com ajuda de uma pessoa amputada para atingir um nível de TRL4 e, posteriormente, ser consolidado em um nível de TRL6.

Acesse a notícia completa na página da Universidade Federal da Paraíba.

Fonte: Mariani Idalino e Aline Lins, UFPB. Imagem: Protótipo da prótese desenvolvida. Fonte: Divulgação, UFPB.

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