Notícia

Nova solução de bioengenharia poderá ajudar a curar lesões na medula espinhal

Amanda McCarthy, Universidade de Alberta

Fonte

Universidade de Alberta

Data

segunda-feira, 24 janeiro 2022 10:25

Áreas

Bioengenharia. Biomateriais. Engenharia Biomédica. Ortopedia.

Quando o Dr. Karim Fouad começou sua carreira na Faculdade de Medicina de Reabilitação da Universidade de Alberta, no Canadá, procurando uma maneira de curar lesões na medula espinhal, ele se lembra do entusiasmo quando as perspectivas de melhores tratamentos começaram a se mostrar realmente promissoras. “Pesquisadores da medula espinhal pensaram ter encontrado o motivo pelo qual as células nervosas não voltam a crescer na medula espinhal, mas descobriu-se que havia mais de uma razão, havia três, depois quatro”, disse o professor Karim Fouad.

Esse sentimento sobre as abordagens para a reabilitação de lesões na medula espinhal está no centro de uma nova bolsa de pesquisa de $ 24 milhões (cerca de R$ 105 milhões) da New Frontiers in Research Fund-  2020 Transformation Competition do Canadá. Fazem parte da equipe pesquisadores, engenheiros e cirurgiões do Canadá, Estados Unidos, Europa e Austrália. No Canadá, a rede inclui a Universidade da Columbia Britânica, ICORD, Universidade do Ontário Ocidental, Universidade McGill e Universidade de Toronto.

Desde o início dos anos 2000 o professor Karim Fouad iniciou sua pesquisa pioneira na combinação de vários tratamentos para tratar lesões na medula espinhal. Para que os neurônios cresçam de maneira a ajudar na recuperação, a lacuna na medula espinhal causada pela lesão precisa ser fechada. Para isso, sua equipe experimentou enxertos de células ao longo da lesão para formar uma ponte.

Em vez dos enxertos de células e material sólido para cobrir a lesão usados pelo professor Fouad até aqui, o que criou risco de lesão das fibras nervosas remanescentes, este projeto explorará novos biomateriais. Os biomateriais em questão assumem a forma de ‘softgels’ minimamente invasivos que são compatíveis com outros sistemas e estruturas do corpo. Eles serão simplesmente injetados no local da lesão para servir de ponte para o crescimento das fibras nervosas.

O professor Fouad explicou que o gel também conterá pequenas hastes magnéticas que são alinhadas usando um ímã externo para criar essencialmente trilhos de guia que suportam o crescimento das fibras nervosas. O gel, projetado para ser endurecido no local, também pode controlar a liberação estável de drogas.

O Professor Karim Fouad, que também é membro do Instituto de Neurociência e Saúde Mental da Universidade de Alberta, acrescentou que a bolsa reúne um grupo de especialistas que podem buscar essa abordagem colaborativa como uma equipe. “Será um sonho regenerar os nervos completamente, mas a maior probabilidade é que a religação abaixo da lesão seja suficiente para promover uma recuperação significativa”, concluiu o pesquisador.

Acesse a notícia completa na página da Universidade de Alberta (em inglês).

Fonte: Michael Brown, Universidade de Alberta. Imagem: professor Karim Fouad. Fonte: Amanda McCarthy, Universidade de Alberta.

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