Notícia

MCTI lança estudo sobre a percepção pública da ciência e tecnologia

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Fonte

MCTI

Data

terça-feira, 14 julho 2015 20:50

Áreas

Ciência e Tecnologia, Inovação Tecnológica.

Em estudo publicado nesta segunda-feira, 13 de julho, o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) avalia a percepção pública da Ciência e Tecnologia segundo o olhar dos brasileiros, tanto pela sua importância no âmbito acadêmico como político. Foi realizada uma enquete nacional através de uma pesquisa quantitativa com 105 questões sobre o tema. Os dados foram coletados entre os dias 22 de dezembro de 2014 e 16 de março de 2015, em 1962 entrevistas realizadas em todas as regiões do Brasil.

Entre os achados da pesquisa, foi constatado que a atitude dos brasileiros em relação à ciência e à tecnologia é positiva. Em torno de 73% dos brasileiros acreditam que a ciência e a tecnologia trazem mais benefícios que malefícios para a humanidade. A sociedade brasileira vê a ciência como geradora de resultados aplicáveis à vida e capaz de solucionar problemas, como por exemplo, na área de saúde e mudanças climáticas, sendo que mais de 60% tem interesse por Ciência e Tecnologia e mais de 70% pela Medicina.

Essa imagem positiva do cientista vem sendo construída ao longo dos últimos anos, principalmente quando ele está vinculado a centros de pesquisa e instituições de ensino.

Apesar da visão otimista, a postura dos entrevistados é crítica no que diz respeito aos aspectos éticos e políticos e ao controle social da Ciência e Tecnologia. Dentre as percepções anotadas, foi verificado que a pesquisa científica é essencial para a indústria e auxilia na diminuição das desigualdades. No entanto, é necessário o controle social sobre a ciência e a comunicação de riscos, bem como o entendimento que a ciência não é capaz de resolver por si só todos os problemas.

Contudo, apesar do interesse demonstrado por ciência e tecnologia, o acesso à informação é limitado e a desinformação é grande, sendo a televisão o veículo mais utilizado para essa finalidade, com números ao redor de 22% do total.

A despeito da relevância da temática abordada, os brasileiros continuam tendo pouco acesso à informação científica, especialmente nas camadas sociais de menor escolaridade e renda. Somente seis pessoas em 100 declararam lembrar o nome de algum cientista brasileiro, e apenas 12% lembram-se de alguma instituição que faça pesquisa no País.

Outro dado relevante foi relacionado ao incremento dos espaços de difusão cultural-científico e as visitações que vem crescendo na última década, apesar do montante ainda ser baixo. Esse acréscimo tem acontecido em maior proporção nas regiões com menor infraestrutura, com destaque para as regiões Norte e Centro-Oeste. Dentre os fatores que contribuíram para a baixa visitação predominaram a falta de acesso ou conhecimento, desinteresse, escassez de espaços e pouca informação.

Como conclusão da pesquisa, foi observado que a população respeita, valoriza e tem interesse em ciência e tecnologia, devendo ser ouvida nas decisões nessa área. Entre os tópicos prioritários estão (em ordem decrescente): medicina e saúde; energias alternativas; mudanças climáticas e agricultura. Foi verificada também a necessidade de um esforço conjunto entre a comunidade científica, o governo e a mídia para alavancar a ciência e tecnologia, como forma de recurso estratégico para o desenvolvimento do país.

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Fonte: Ascom, MCTI, com informações do Portal Tech4Health. Imagem: Shutterstock.

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