Notícia

Manter a saúde muscular é fundamental para a qualidade de vida de crianças e adolescentes com doença pulmonar crônica

Divulgação, Universidade Politécnica de Madri

Fonte

UPM | Universidade Politécnica de Madri

Data

quarta-feira, 14 setembro 2022 16:00

Áreas

Biomecânica. Educação Física. Fisioterapia. Medicina. Pediatria. Pneumologia.

O treinamento físico resistido leva a melhorias significativas na força muscular e na capacidade funcional em pacientes com fibrose cística, com insuficiência pulmonar leve a moderada. Esta é a principal conclusão de um estudo realizado por pesquisadores do Grupo de Pesquisa em Nutrição, Exercício e Estilo de Vida Saudável (ImFINE)  da Universidade Politécnica de Madri (UPM), na Espanha, em conjunto com o serviço de Pneumologia do Hospital Universitário Niño Jesús e do Hospital de la Princesa de Madri. O objetivo desta pesquisa é melhorar a qualidade de vida de pacientes crônicos.

“As evidências sobre os programas de treinamento resistido para fibrose cística são limitadas e os possíveis benefícios da adição da estimulação elétrica neuromuscular (EENM) são desconhecidos”, explicou a Dra. Margarita Pérez Ruiz, especialista em Medicina do Esporte, professora da UPM e integrante do ImFINE.

O trabalho realizado pelos pesquisadores consistiu em um “estudo controlado e randomizado que teve como objetivo avaliar os efeitos de um programa de treinamento resistido supervisionado, associado ou não à estimulação elétrica neuromuscular, na força, capacidade aeróbica, função pulmonar e qualidade de vida em crianças com fibrose cística que apresentam insuficiência pulmonar leve a moderada”, completou a professora.

O estudo incluiu um total de 27 pacientes com fibrose cística com idade entre 6 e 17 anos, que foram distribuídos aleatoriamente em três cenários diferentes: situações de controle, exercício e eletroestimulação neuromuscular mais exercício. Esses pacientes foram avaliados no início e no final de um programa de exercícios individualizado de 8 semanas, com sessões de 60 minutos realizadas 3 dias por semana. Durante o estudo, foi medida a função pulmonar dos pacientes, bem como sua aptidão cardiorrespiratória, capacidade funcional, qualidade de vida e força muscular.

Terminado o ensaio, observou-se que a capacidade funcional apresentou diferenças significativas, com melhor desempenho nos pacientes dos grupos que realizaram exercício e naqueles que realizaram eletroestimulação neuromuscular mais exercício. Esses dois grupos também tiveram efeitos e diferenças significativas na força muscular, em comparação com os pacientes apenas de controle.

Embora a professora Margarita Pérez Ruiz tenha se juntado recentemente ao grupo ImFINE, a especialista em Medicina do Esporte liderou o Grupo de Pesquisa EsBIDA (Exercise, Health and Applied Biomarkers) da Universidade Europeia de Madrid há vários anos, que colabora neste campo há várias décadas no projeto de exercícios para melhorar a qualidade de vida de crianças com fibrose cística. Já em 2009 ela recebeu financiamento da bolsa de pesquisa Pablo Motos e do Fundo de Pesquisa em Saúde (FIS), o que permitiu avanços significativos nessa linha. Este trabalho recebeu o prêmio Diário Médico 2019 pelas melhores ideias e pelo trabalho realizado com pacientes com fibrose cística durante o confinamento pela COVID-19.

“Estamos avançando no conhecimento e melhorando a qualidade de vida dos pacientes com a ferramenta de exercícios programados individualmente, buscando a dose correta para cada paciente”, concluiu a Dra. Margarita Pérez Ruiz.

Os resultados foram publicados na revista científica Respiratory Medicine.

Acesse o resumo do artigo científico (em inglês).

Acesse a notícia completa na página da Universidade Politécnica de Madri (em espanhol).

Fonte: Universidade Politécnica de Madri. Imagem: Divulgação, Universidade Politécnica de Madri.

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