Notícia

Kit para diagnóstico da artrite reumatoide

A sinalização do TGF-beta está associada à eficácia do Metotrexato

Getty Images

Fonte

USP

Data

segunda-feira, 16 outubro 2017 18:15

Áreas

Ciências Biológicas. Biologia Celular. Ortopedia.

A Artrite Reumatoide é uma artropatia autoimune multifatorial com etiologia desconhecida que afeta aproximadamente 1% da população adulta. A estratégia padrão para o tratamento da artrite consiste na administração de baixas doses de Metotrexato (MTX), cujo efeito anti-inflamatório está relacionado com a manutenção dos níveis elevados de adenosina extracelular. No entanto, uma parte considerável dos pacientes com artrite reumatoide é refratária ao tratamento com MTX e o mecanismo pelo qual este fenômeno ocorre ainda não está totalmente esclarecido.

O biomédico Raphael Sanches Peres, sob orientação do Prof. Dr. Fernando de Queiroz Cunha, realizou um estudo sobre o diagnóstico da artrite reumatoide pelo programa de Pós-Graduação em Imunologia da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo (FMRP-USP). A tese de doutorado foi laureada com o Premio Tese Destaques USP 2017 na área de Ciências Biológicas.

O trabalho descreveu como a eficácia terapêutica do MTX está associada com a expressão em células Tregs da ectoenzima CD39, cuja função biológica é a geração de adenosina extracelular via metabolização do ATP. Especificamente, através da realização de um estudo longitudinal, foi verificado que pacientes que respondem ao MTX (R-MTX) apresentam uma expansão de células Tregs circulantes expressando CD39 após o tratamento com MTX. Por outro lado, foi identificado que pacientes que não respondem ao MTX (UR-MTX) possuem uma redução da expressão de CD39 em células Tregs, o que culmina em um comprometimento das suas funções supressoras.

Foi demonstrado que a expressão de CD39 em células Tregs é um biomarcador apto em predizer a resposta terapêutica ao MTX, visto que pacientes UR-MTX apresentam uma expressão reduzida de CD39 em Tregs mesmo antes do início do tratamento com MTX.

A conclusão do estudo foi que pacientes UR-MTX apresentam uma redução nos níveis de RNAm para TGFBRII e fator de transcrição CREB bem como também uma redução das proteínas fosforiladas SMAD2 e CREB em células CD4+ e Tregs, sugerindo que o comprometimento na cascata de sinalização de TGF- β  está associado com a resistência ao MTX.

Acesse a matéria completa no Jornal da USP.

Acesse a Tese de Doutorado.

Fonte: Júlio Bernardes, Jornal da USP. Imagem: Getty Images.

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