Notícia

Estudo avalia fatores de risco para pacientes renais crônicos na pandemia

Foram analisados 746 pacientes renais crônicos de quatro unidades de diálise vinculados ao ‘Royal Free Hospital NHS Foundation Trust’, em Londres

Shutterstock

Fonte

UFPE | Universidade Federal de Pernambuco

Data

sábado, 6 março 2021 07:30

Áreas

Medicina. Nefrologia. Saúde Pública.

Estudo elaborado pela Dra. Gisele Vajgel, nefrologista do Hospital das Clínicas da UFPE (HC-UFPE) e pesquisadora do Laboratório de Imunopatologia Keizo Asami (Lika) – UFPE, em parceria com pesquisadores da University College London (UCL), avaliou os fatores de risco que levam à mortalidade e à necessidade de internação de pacientes renais crônicos que fazem hemodiálise, durante a pandemia do novo coronavírus. O HC-UFPE é afiliado à Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh).

O estudo constatou que, do grupo de pacientes participantes que contraíram a COVID-19, 60% deles precisaram de internamento hospitalar e 25% foram a óbito. Os resultados do estudo foram publicados recentemente na revista científica Journal of Nephrology. A pesquisa foi realizada durante estágio de pós-doutorado da nefrologista, fruto de uma parceria entre o Lika e a UCL.

O estudo analisou 746 pacientes renais crônicos de quatro unidades de diálise vinculados ao Royal Free Hospital NHS Foundation Trust, em Londres. Pacientes renais crônicos são aqueles que fazem hemodiálise três vezes por semana em centros hospitalares. Diferente dos transplantados e dos que fazem diálise peritonial (procedimento diário que pode ser realizado em casa, pelo próprio paciente ou familiares), os pacientes que necessitam de hemodiálise não podem se isolar – uma das principais medidas para evitar a COVID-19.

“A importância maior da pesquisa é o de chamar atenção das autoridades sanitárias para os pacientes em hemodiálise, uma população de alto risco que não pode se isolar e precisa ter a vacina como prioridade. É urgente pensar em como minimizar o risco de transmissão entre eles e torná-los um grupo prioritário”, afirmou a Dra. Gisele Vajgel.

Outro dado encontrado na pesquisa foi que pacientes mais idosos que apresentavam o marcador de inflamação PCR (proteína C reativa), alterações nos leucócitos e aumento do índice neutrófilo/linfócito possuíam um risco maior de mortalidade. “Essa descoberta é relevante, porque esses exames são frequentemente coletados nos centros de hemodiálise, então, se o paciente estiver com sintomas de COVID-19 e apresentar esses fatores de risco, o cuidado da equipe de assistência para com esses pacientes deve ser redobrado”, finalizou a pesquisadora.

Acesse o artigo científico completo (em inglês).

Acesse a notícia completa na página da UFPE.

Fonte: Ascom, UFPE. Imagem: Shutterstock.

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