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Enxaqueca: conheça os fatores desencadeantes

Sociedade Brasileira de Cefaleia indica 10 fatores que podem desencadear a enxaqueca: previna-se

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Fonte

Sociedade Brasileira de Cefaleia

Data

sexta-feira, 11 setembro 2015 19:10

Áreas

Neurologia.

A enxaqueca é uma doença neurológica crônica, incapacitante, que afeta 15% da população no Brasil. 

Os sintomas são: dor latejante, de um lado da cabeça (pode ser dos dois), de moderada a forte intensidade, incômodo com a luz e o barulho, enjôo. Podem ocorrer alterações na vista como pontos luminosos, escuros, linhas em zig zag que antecedem ou acompanham as crises de dor.

Especialistas da Sociedade Brasileira de Cefaleia indicam os 10 principais desencadeantes da enxaqueca:

1. Preocupações excessivas. Ansiedade, tensão, estresse, preocupações excessivas, antecipação de fatos do futuro negativos, ameaçadores. Quando se antecipa uma tragédia do futuro (mesmo que não aconteça) aquele acontecimento é percebido como real para o organismo. O cérebro então dispara seus sistemas de defesa, como o sistema de dor, desta forma começam muitas crises de enxaqueca.

2. Ficar sem comer. O jejum é o aspecto alimentar mais importante para desencadear dores de cabeça: o ficar sem comer pode gerar uma baixa no açúcar do sangue, com a produção de substâncias que causam dor. O segredo é comer algo a cada 3 ou 4 horas, e também não exagerar na comida quando passar longo tempo em jejum.

3. Dormir mal. Bom sono é uma condição fundamental para o bem estar de uma maneira geral e também para o equilíbrio das enxaquecas e outras dores de cabeça. Dormir pouco, dormir muito, demorar para dormir, acordar no meio da noite, roncar e ter sonolência de dia, ir dormir e acordar muito tarde são todos possíveis desencadeantes de dor de cabeça.

4. Ciclo hormonal. A temida TPM carrega consigo crises de cefaleia. As enxaquecas na mulher tendem a ser mais concentradas no período menstrual ou pré-menstrual. Irregularidades menstruais, endometriose, ovários policísticos, reposição hormonal, podem ser fatores por trás de agravamentos de enxaquecas, mas por outro lado, quando os hormônios se equilibram, quer seja na gravidez (quando a placenta produz níveis contínuos de hormônios), na menopausa, ou com a prescrição de anticoncepcionais contínuos, as crises tendem a amenizar.

5. Irritação e alterações do humor. A irritabilidade aparece normalmente junto como uma crise de enxaqueca, mas também pode ser um motivo gerador de novas dores. Altos e baixos no humor, pavio curto, passar muito raiva (guardando ou explodindo, tanto faz), impaciência e irritação são combinações explosivas para desencadear uma enxaqueca. Tudo o que for feito no sentido de relaxar, acalmar ou treinar a paciência é util.

6. Excesso de cafeína. Tomar muito café, bebidas cafeinadas (coca-cola, chás pretos), chocolates, e até mesmo analgésicos que contenham cafeína podem ser eventos provocadores de enxaqueca. A conta que deve ser feita é pela quantidade de cafeína em cada produto ingerido: um café expresso tem cerca de 80 mg, um café coado 50 mg; permite-se até uma ingesta de 200 mg de cafeína por dia, evitando o uso após as 18 horas. Parar repentinamente o café também não é bom, pois ocorre a abstinência de cafeína, que ocorre normalmente em quem toma muitos cafezinhos no meio da semana e no final de semana não toma nada, ou muito menos. Esta abstinência pode causar enxaqueca no final de semana

7. Exercícios físicos, ou melhor, a falta deles, é também elemento importante. Realizar exercícios evita que venham as crises de dor de cabeça, o organismo produz endorfinas, regulariza a produção de neurotransmissores como a serotonina, melatonina, o organismo se torna mais saudável, mais resistente a dor. Mas não adianta querer começar já correndo uma maratona, tem que haver a determinação para realizar os exercícios com frequência.

8. Uso excessivo de analgésicos. Conceito fundamental: analgésicos não tratam a enxaqueca, só aliviam a intensidade e duração das crises, depois é claro que ela já se instalou, e quando as crises são frequentes, o uso de analgésicos pode vir a piorar, agravar a enxaqueca, tornando-a mais resistente e mais frequente. O tratamento da enxaqueca preventivo com remédio e/ou sem remédio deve ser instituído.

9. Outros alimentos como o chocolate, frutas cítricas, alimentos muito gelados (sorvetes), nozes, alimentos gordurosos, condimentados, ricos em glutamato monossódico (que está muito presente em salgadinhos e em diversos tipos de molhos e adoçantes) podem agravar as enxaquecas. Em quem tem intolerância à lactose, leite, queijo e derivados devem ser evitados, ou a suplementação da lactase, a enzima que transforma a lactose (o açúcar do leite) em glicose.

10. Genética. Nada a fazer a não ser reconhecer rapidamente a enxaqueca na infância, adolescência ou no início da vida adulta em filhos de pessoas que sofrem com a enxaqueca, para que ela possa ser tratada adequadamente, preventivamente, evitando que as crises apareçam e que a enxaqueca se desenvolva até um estágio crônico.

A enxaqueca não tem cura, mas os sintomas podem ser controlados e prevenidos através de medicamentos específicos. Segundo especialistas da Clínica Mayo, nos Estados Unidos, para o alívio da dor podem ser utilizados a aspirina, o ibuprofeno, as ergotaminas, as triptaminas, os antieméticos ou os glicocorticóides. Para a prevenção, os fármacos mais usados são os beta-bloqueadores, os antidepressivos ou os anticonvulsivantes. Todo medicamento só deve ser utilizado sob orientação e supervisão médica.

Fonte: Sociedade Brasileira de Cefaleia, com informações do Portal da Clínica Mayo. Imagem: Shutterstock.

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