Notícia

Conectômica cerebral: hora das imagens moleculares?

De acordo com a conectômica cerebral, as funções cognitivas podem ser compreendidas por meio do estudo da comunicação entre diferentes elementos do cérebro, como as regiões cerebrais

National Institute on Aging/NIH

Fonte

Universidade de Liège

Data

sábado, 21 janeiro 2023 18:20

Áreas

Biologia. Bioquímica. Engenharia Biológica. Física Médica. Imagens Médicas. Medicina Nuclear. Neurociências.

A Conectômica estuda como as regiões do cérebro se comunicam umas com as outras. A comunicação, ou conectividade, entre regiões do cérebro pode ser estimada usando neuroimagens. Recentemente, um artigo de opinião de um consórcio internacional de pesquisadores da Bélgica, Alemanha, Itália, Suécia, Reino Unido, EUA e Austrália defendeu a necessidade de uma mudança de paradigma nesta área. O artigo foi publicado na revista científica Trends in Cognitive Sciences.

A Dra. Arianna Sala, pesquisadora de pós-doutorado no GIGA Consciousness, da Universidade de Liège, e também do Centre du Cerveau do Hospital Universitário de Liège (CHU), na Bélgica, que liderou o estudo, explicou: “A atividade cerebral emerge de uma complexa interação de sinalização bioquímica e elétrica, de modo que um método não pode caracterizar completamente a diversidade da comunicação cerebral inter-regional. Ainda assim, cerca de 2/3 dos estudos de conectoma dependem de um único método de ressonância magnética funcional”.

O artigo de opinião chama os neurocientistas à ação, defendendo a necessidade de integrar medidas de Tomografia por Emissão de Pósitrons (PET) na disciplina de Conectômica. A técnica de imagem molecular permite medir dezenas de moléculas diferentes que são importantes para o cérebro, como, por exemplo, mensageiros químicos chamados neurotransmissores. “Atualmente, sabemos muito pouco sobre os substratos químicos da comunicação cerebral.” A informação biológica derivada da PET mudaria essa situação. “Por exemplo, poderíamos potencialmente dizer qual região do cérebro está iniciando a comunicação com a outra, se a comunicação está estimulando (ativando) ou suprimindo (desativando), e poderíamos apontar para um neurotransmissor responsável. Isso nos permitiria chegar a um nível sem precedentes de detalhes biológicos na caracterização do conectoma humano”.

Para facilitar esta linha de pesquisa, chamada de ‘conectividade molecular’, o artigo inclui recursos adicionais para a comunidade científica. “Levou vários meses para resumir informações sobre programas adequados, conjuntos de dados acessíveis ao público, incluindo imagens de 33.063 indivíduos e estudos sobre conectividade molecular”. Os recursos serão mantidos atualizados e disponibilizados em breve no site do Molecular Connectivity Working Group (MCWG).

“Esperamos que este artigo e esses recursos aumentem o interesse pela ‘conectividade molecular’. Muitas coisas precisam ser feitas para trazer maturidade a essa abordagem, um esforço que nosso grupo de trabalho continuará promovendo com iniciativas de padronização e validação, práticas de ciência aberta e atividades educacionais”, concluiu a Dra. Arianna Sala.

Acesse o resumo da publicação científica (em inglês).

Acesse a notícia completa na página da Universidade de Liège (em inglês).

Fonte: Universidade de Liège. Imagem: National Institute on Aging/NIH.

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