Notícia

Câncer de Mama: novas técnicas podem facilitar o diagnóstico precoce

Campanha da Sociedade Brasileira de Mastologia alerta para a importância do exame anual a partir dos 40 anos

DIvulgação, SBM

Fonte

Sociedade Brasileira de Mastologia

Data

quinta-feira, 3 setembro 2015 20:20

Áreas

Oncologia. Mastologia. Imagens e Diagnóstico.

Segundo a Sociedade Brasileira de Mastologia, o câncer de mama se caracteriza pela proliferação anormal, de forma rápida e desordenada, das células do tecido mamário. A doença se desenvolve em decorrência de alterações genéticas. Porém, isso não significa que os tumores da mama são sempre hereditários.

Em seu funcionamento normal, o corpo substituiu as células antigas por células novas e saudáveis. As mutações genéticas podem alterar a habilidade da célula de manter sua divisão e reprodução sob controle, produzindo células em excesso, formando o tumor.

Um tumor pode ser benigno (não perigoso para a saúde) ou maligno (tem o potencial de ser perigoso). Os benignos não são considerados cancerígenos: suas células têm aparência próxima do normal. Elas crescem lentamente e não invadem os tecidos vizinhos, nem se espalham para outras partes do corpo.

Já os tumores malignos são cancerosos. Caso suas células não sejam controladas, podem crescer e invadir tecidos e órgãos vizinhos, eventualmente se espalhando para outras partes do corpo.

O câncer de mama consiste em um tumor maligno que se desenvolve a partir de células da mama. Geralmente, ele começa nas células do epitélio que reveste a camada mais interna do ducto mamário. Mais raramente, o câncer de mama pode começar em outros tecidos, tais como o adiposo e o fibroso da mama.

O câncer de mama pode ser “in situ”, aquele em que ainda não há risco de invasão e metástase, com chances de cura de aproximadamente 100%. Mesmo os tumores invasivos (quando invadem a membrana basal da célula) podem ser curados se o diagnóstico for estabelecido em fase precoce.

As alterações nos genes podem ser herdadas (casos dos cânceres hereditários) ou adquiridas. O câncer de mama hereditário corresponde a cerca de 5% a 10% dos casos, ou seja, quando existem parentes de primeiro grau com a doença. Portanto, 90% dos casos de câncer de mama não têm origem hereditária.

Segundo o Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva (INCA), as taxas de mortalidade por câncer de mama no Brasil continuam elevadas, muito provavelmente porque a doença ainda é diagnosticada em fase avançada. Relativamente raro antes dos 35 anos, acima desta faixa etária sua incidência cresce rápida e progressivamente.

Campanha

Com o objetivo de alertar as mulheres para a importância da realização do exame anualmente, a partir dos 40 anos, como principal forma de diagnóstico precoce do câncer de mama, a Sociedade Brasileira de Mastologia lançou a campanha “Mamografia, a vida começa aos 40”. Com a campanha, a sociedade científica espera contribuir para despertar no público feminino a necessidade de acompanhamento médico contínuo, para que qualquer alteração seja detectada o mais cedo possível.

Novas Tecnologias e a Mamografia Digital

Para destacar os avanços tecnológicos realizados nos últimos anos, o Dr. Guilherme Rossi publicou, na última edição da Revista Brasileira de Mastologia (Vol. 25, n.2, Abr-Jun 2015), o editorial “Mamografia com contraste: evolução, solução ou mais confusão”.

O Dr. Guilherme destaca a importância da Ressonância Magnética (RM) como método de maior sensibilidade no diagnóstico do câncer de mama, mas também ressalta as limitações de custo, acessibilidade e o caso de pacientes claustrofóbicas, que usem marca-passo ou próteses metálicas. Por outro lado, o uso da mamografia convencional, que também é importante na detecção precoce como recurso para a redução da mortalidade, “apresenta baixa sensibilidade e especificidade em pacientes jovens e mulheres com mamas densas, devido a um contraste reduzido entre um possível timor e o tecido ao redor”.

“Com a introdução da mamografia digital, aconteceu o desenvolvimento de outras tecnologias que são menos dispendiosas do que a RM e deverão estar amplamente disponíveis. Uma das tecnologias é a mamografia digital com contraste de dupla energia, chamada CESM. A CESM melhora a sensibilidade para a detecção do câncer de mama, sem diminuir a especificidade, porque proporciona maior contraste e melhor delimitação da lesão do que a mamografia convencional”, diz o Dr. Guilherme. Em relação à técnica CESM, o editor ressalta que “é semelhante à mamografia digital convencional, porém com a utilização de contraste iodado e de filtros especiais”.

Segundo o editorial, a mamografia com contraste vem sendo estudada como alternativa ao uso da RM e como complementar à mamografia convencional. “Se os dados da literatura persistirem, é possível vislumbrar, em um futuro próximo, um cenário em que possamos ter um método simples, reprodutível, não dependente do operador, com valores preditivos positivo e negativo extremamente altos, evitando realizações não apenas de biópsias desnecessárias, mas também de outros métodos, como RM e até ultrassonografia das mamas”, conclui o especialista.

Fonte: Sociedade Brasileira de Mastologia (SBM). Imagem: Divulgação, SBM.

 

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