Notícia

Câncer colorretal: fatores de risco e diagnóstico

Especialistas do A.C.Camargo Cancer Center explicam e orientam sobre fatores de risco

Shutterstock

Fonte

A.C. Camargo Cancer Center

Data

domingo, 18 outubro 2015 13:25

Áreas

Oncologia.

O intestino grosso corresponde à parte final do tubo digestivo, entre o intestino delgado e o ânus e é dividido em cólon e reto. Já o intestino delgado se conecta ao cólon em uma região chamada ceco. O cólon ainda pode ser dividido em 4 porções:

  • cólon ascendente, que inclui o ceco e se localiza na parte direita do abdome;
  • cólon transverso, que atravessa a parte superior do abdome da direita para esquerda;
  • cólon descendente, localizado na parte esquerda do abdome;
  • cólon sigmóide, que tem forma de S e se conecta ao reto, na parte inferior esquerda do abdome.

O reto se localiza na cavidade pélvica, parte inferior do tronco. A parte final do reto é que se conecta ao ânus, por onde saem as fezes.

A principal função do intestino grosso é extrair água e sais minerais dos alimentos previamente digeridos, após passarem pelo estômago e pelo intestino delgado. O conteúdo fecal torna-se mais pastoso e sólido à medida que é conduzido ao longo do cólon, sendo finalmente armazenado no reto, antes da evacuação.

Câncer colorretal: especialistas do Hospital A.C. Camargo Cancer Center, em São Paulo esclarecem

O câncer colorretal, também chamado de carcinoma, tem origem na camada interna do intestino grosso, a camada mucosa. O processo que leva à formação de um carcinoma pode levar vários anos. Antes da transformação em carcinoma, a maioria dos tumores se origina a partir de pequenas lesões chamadas pólipos adenomatosos. Esses pólipos, apesar de benignos, são considerados precursores dos carcinomas colorretais. Portanto, uma das maneiras mais eficazes de evitar o aparecimento de câncer colorretal é por meio da remoção dos pólipos por meio da colonoscopia.

Fatores de Risco

Entre os principais fatores de risco dos tumores colorretais estão os hábitos de vida inadequados, como:

  • dieta baseada em consumo excessivo de carne vermelha;
  • dieta rica em gorduras e pobre em fontes de fibras (frutas e verduras);
  • falta de exercícios físicos regulares (sedentarismo);
  • tabagismo;
  • consumo exagerado de bebidas alcoólicas.

Ter uma dieta balanceada, rica em frutas e verduras, praticar regularmente exercícios físicos e não fumar representam medidas de grande benefício para o controle da obesidade, de doenças cardiovasculares, e também do câncer, principalmente, quando iniciadas na juventude.

Apesar da maioria dos casos de câncer colorretal estar associada aos hábitos de vida, sabe-se que alguns tumores têm como causa fatores hereditários, ou seja, um risco que pode ser transmitido de geração em geração.

A ocorrência de vários casos de câncer na família e de pólipos intestinais (pequenos tumores benignos do intestino grosso), principalmente, antes dos 50 anos de idade, indicam uma possível causa hereditária para a doença. A opinião de um especialista é fundamental nestas situações, particularmente, em relação ao diagnóstico e à abordagem dos tumores hereditários.

As chamadas doenças inflamatórias intestinais são raras em suas formas mais severas, mas também apresentam um risco elevado para a ocorrência do câncer colorretal, após alguns anos de evolução da doença. Estas doenças incluem a retocolite ulcerativa inespecífica e a doença de Crohn. Também devem seguir esquemas específicos de acompanhamento para a detecção precoce do câncer colorretal.

Diagnóstico

O câncer do intestino grosso (câncer colorretal) é um dos tipos com maior incidência em todo o mundo, principalmente nas regiões mais desenvolvidas. No Brasil é o segundo tumor mais incidente em mulheres e o terceiro em homens (exceto os casos de câncer de pele não melanoma). São estimados cerca de 32.600 novos casos em 2015.

Somente à medida que o tumor progride é que os sintomas tornam-se mais frequentes.

As queixas mais comuns são:

  • alteração do ritmo intestinal;
  • dores abdominais;
  • presença de sangue nas fezes;
  • dor ao evacuar.

Tanto os pólipos como os carcinomas em fases iniciais costumam quase não causar sintomas. Nesse sentido, o rastreamento é fundamental, já que tem como principal objetivo detectar a doença em fase inicial, muitas vezes ainda antes da completa transformação em carcinoma invasor. Com isso as chances de cura se tornam muito mais elevadas.

As recomendações atuais para o rastreamento do câncer colorretal incluem todas as pessoas acima dos 50 anos de idade, independentemente de apresentarem sintomas. No entanto, pacientes mais jovens, com histórico familiar de câncer, também devem ser avaliados.

colonoscopia é o principal exame para o rastreamento do câncer colorretal. Consiste no estudo endoscópico do intestino grosso, ou seja, a introdução de uma câmera flexível pelo ânus. O exame é realizado sob sedação e requer um bom preparo do intestino por meio do uso de laxantes específicos. Durante a colonoscopia é possível detectar e remover, na maioria das vezes, os pólipos intestinais.

Outros exames também podem ser utilizados, mas a indicação deve ser discutida de maneira individualizada entre médicos e paciente.

Fonte: A.C. Camargo Cancer Center. Imagem: Shutterstock.

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