Notícia

Braço protético decodifica movimentos pretendidos em membro amputado

Resultados obtidos por pesquisadores do CNRS, na França, são encorajadores

Reprodução, CNRS

Fonte

CNRS | Centro Nacional de Pesquisa Científica da França

Data

terça-feira, 18 dezembro 2018 15:00

Áreas

Biomecânica. Reabilitação. Robótica. Próteses.

Cerca de 75% dos amputados possuem mobilidade do chamado membro “fantasma”, ou seja, sensação de mobilidade como se o membro ainda estivesse intacto. Usando essas informações, em colaboração com uma equipe médica, pesquisadores do Centro Nacional de Pesquisa Científica (CNRS) da França e da Universidade Aix-Marseille desenvolveram um protótipo capaz de detectar esses movimentos e ativar um braço protético. A prótese não requer nenhuma cirurgia e os pacientes não precisam de treinamento. Os resultados foram publicados recentemente na revista científica Frontiers in Bioengineering and Biotechnology.

A execução desses movimentos “fantasmas”, como por exemplo, beliscar com os dedos ou movimentar o punho, está sempre associada a contrações musculares específicas no coto (extremidade do membro amputado). Em pessoas com amputação do braço, essas contrações dizem respeito a grupos musculares que não estão conectados com as articulações usadas antes da amputação, como se a reinervação muscular tivesse ocorrido espontaneamente, sem cirurgia.

A equipe de pesquisadores desenvolveu uma abordagem natural de controle de próteses que explora esse fenômeno. Para o protótipo, os pesquisadores criaram algoritmos capazes de reconhecer a atividade muscular gerada pela mobilização do membro fantasma e a reprodução do movimento detectado pela prótese: controle intuitivo, sem treinamento ou cirurgia.

Nos testes, dois pacientes com amputação transumeral usaram esse tipo de controle para atuar em uma prótese colocada perto do coto do braço. Os resultados foram muito encorajadores. Eles mostraram que os participantes podiam controlar a prótese e realizar a tarefa após apenas alguns minutos de familiarização com o sistema, apesar dos longos períodos de ação. Em geral, os pacientes com amputação de braço frequentemente têm dificuldade em controlar suas próteses de maneira eficaz, a ponto de muitos desistirem.

Os pesquisadores continuam o desenvolvimento, passando para testes de uso de próteses, ao mesmo tempo em que contribuem para aumentar o conhecimento sobre o fenômeno do membro fantasma, cujos mecanismos ainda não foram devidamente compreendidos. Os cientistas também mostraram a necessidade de reconsiderar o fenômeno dos membros fantasmas, geralmente tabu, frequentemente atribuído ao luto do membro perdido, e considerado principalmente em relação à dor.

Acesse o vídeo mostrando um dos experimentos com a prótese (em inglês)..

Acesse o artigo científico completo (em inglês).

Acesse a notícia completa na página do CNRS (em inglês).

Fonte: CNRS. Imagem: Reprodução.

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