Notícia

Vacina contra a febre amarela pode evitar infecção pelo zika

Vacina leva o organismo a eliminar os sintomas neurológicos e a reduzir a quantidade de vírus zika no cérebro dos animais

Divulgação

Fonte

Faperj | Fundação Carlos Chagas Filho de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro

Data

sábado, 30 março 2019 09:35

Áreas

Bioquímica. Biotecnologia. Farmácia. Farmacologia. Saúde Pública.

Testes em camundongos mostraram que a vacina da febre amarela pode ser eficaz no combate ao vírus zika, que provoca microcefalia em recém-nascidos e distúrbios neurológicos em adultos. O estudo, conduzido por um grupo de 16 pesquisadores ligados à Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e à Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), mostrou que, em testes conduzidos em laboratório, a vacina leva o organismo a eliminar os sintomas neurológicos e a reduzir a quantidade de vírus zika no cérebro dos animais. A pesquisa contou com o apoio da Fundação Carlos Chagas Filho de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro (Faperj)– a primeira agência de fomento do País a lançar, no final de 2015, edital específico para o estudo de arboviroses, que incluíam pesquisas com dengue, zika e Chikungunia.

Para o presidente da Faperj, Dr. Jerson Lima, pesquisador do Cenabio, professor do Instituto de Bioquímica Médica da UFRJ e um dos coordenadores do estudo ao lado da Dra. Andrea Cheble Oliveira, Dr. André Gomes e Dr. Herbert Guedes, o anúncio aponta para o acerto na política de fomento à pesquisa fluminense. “Fomos a primeira fundação de amparo à pesquisa dos estados a lançar edital específico para o combate às arboviroses, logo após a epidemia de zika, que fez disparar o número de casos de microcefalia”, lembrou. Criado pela fundação diante da situação emergencial causada pela epidemia da zika, o edital recebeu R$ 12 milhões, que permitiu a criação de seis redes de pesquisa, reunindo 325 pesquisadores de diferentes instituições de ensino e pesquisa sediadas em território fluminense. Desde então, o estado do Rio, sozinho, responde por cerca de 35% dos artigos científicos sobre a doença no Brasil. Participaram da pesquisa, pela UFRJ, o Instituto de Bioquímica Médica, a Faculdade de Farmácia, o Instituto de Microbiologia e o Instituto de Biofísica Carlos Chagas Filho, além do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia em Biologia Estrutural e Bioimagem.

O artigo que relata a descoberta dos pesquisadores foi disponibilizado na forma de “pré-print”, o que permite o acesso antecipado e irrestrito a seu conteúdo, antes de sua publicação em periódico científico. “Com essa decisão de disponibilizar o artigo em ‘pré-print’, nossa intenção é contribuir para acelerar as pesquisas sobre o tema. Se outros chegarem antes de nós a resultados que possam ajudar a erradicar uma doença, ficaremos contentes. É assim que a ciência deve avançar”, defendeu o presidente da Faperj. O uso do “pré-print” por cientistas, embora não seja algo novo, vem ganhando força nos últimos anos em diversos países. A divulgação de artigos científicos nesses repositórios de acesso aberto permite disseminar os resultados de pesquisas mais rapidamente e evitar as exigências burocráticas dos conglomerados de mídia, que também avançaram sobre as publicações científicas tradicionais, anteriormente controladas por sociedades acadêmicas.

Acesse o artigo na forma de pré-print (em inglês)..

Acesse a notícia completa na página da Faperj.

Fonte: Ascom, Faperj. Imagem: Divulgação.

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