Notícia
UFPI realiza pesquisas sobre a Síndrome dos Ovários Policísticos
Pesquisadora comparou o endométrio de mulheres portadoras da Síndrome com o de não portadoras
DIvulgação
Falta ou deficiência de ovulação, aumento de pelos, dificuldade de engravidar, obesidade e acne são os principais sintomas da Síndrome dos Ovários Policísticos (SOP). Com o objetivo de avançar nessa linha de pesquisa, a Prof. Dra. Ione Lopes, Coordenadora do Curso de Medicina da Universidade Federal do Piauí (UFPI), pesquisou durante seu doutorado a questão da fertilidade de pacientes com a Síndrome dos Ovários Policísticos.
A Doença
A SOP é um distúrbio endócrino que provoca alteração dos níveis hormonais, levando a formação de microcistos nos ovários que fazem com que eles aumentem de tamanho. Com causas ainda não esclarecidas, a doença atinge entre 5% e 7% da população feminina em idade reprodutiva.
Segundo a pesquisadora, esse distúrbio quando não controlado, está diretamente ligado com outras doenças. “A SOP pode trazer muitas consequências para mulher, não só durante a vida reprodutiva, como também a longo prazo. É uma Síndrome que está diretamente ligada com os casos de infertilidade, câncer de útero (endométrio), distúrbio metabólico, alteração no fígado e doenças cardiovasculares”, afirmou.
A Pesquisa
Sabendo que o útero possui uma camada interna chamada endométrio, e que todo embrião precisa do útero para se implantar e lá se desenvolver, a professora pesquisou se o endométrio das mulheres que têm a doença também é defeituoso.
Utilizando-se do método da comparação, Dra. Ione estudou o endométrio de mulheres férteis normais e o de pacientes com o distúrbio hormonal. “Focando na parte da fertilidade, eu selecionei um grupo de pacientes que têm essa Síndrome e comparei o endométrio delas com o de mulheres férteis que não possuem a doença. Observando as moléculas de adesão, que são proteínas que estão no endométrio e necessárias para a fixação do embrião no útero, eu encontrei que as mulheres com a SOP possuem deficiência dessas enzimas, e por isso elas não conseguem na maioria das vezes, desenvolver uma gravidez saudável”, explicou.
De acordo com a pesquisadora, o que leva ao defeito desse endométrio são as alterações hormonais. “Se você equilibrar esses hormônios elas com certeza conseguirão engravidar. Esse equilíbrio é feito combinando dieta, atividade física e medicamentos”, enfatizou.
Pesquisas relacionadas em andamento na UFPI
- Prevalência de esteatose hepática em mulheres obesas e não obesas com a síndrome dos ovários policísticos;
- Avaliação crítica de marcadores ultrassonográficos no diagnóstico de fenótipos diferentes da síndrome dos ovários policísticos.
Fonte: UFPI. Imagem: Divulgação.
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