Notícia

Tecnologia pode tornar os exames de saúde mais fáceis e acessíveis, mesmo em comunidades carentes

Pesquisadores avaliam plataforma móvel de exames que usa métodos de medição não invasivos e sua influência na saúde de comunidades carentes na Suécia

Divulgação, Universidade Malmö

Fonte

Universidade Malmö

Data

sexta-feira, 22 abril 2022 12:45

Áreas

Assistência Social. Biomedicina. Enfermagem. Gestão da Saúde. Medicina. Saúde Pública. Telemedicina.

Às vezes, os exames de saúde não invasivos são a única alternativa disponível em áreas desfavorecidas socioeconomicamente.  Recentemente, pesquisadores desenvolveram uma plataforma móvel de exames onde usaram uma combinação de vários dispositivos não invasivos: a nova tecnologia que pode ser usada como alternativa aos exames convencionais. A plataforma inclui equipamentos que medem pressão arterial, frequência cardíaca, composição corporal e realizam análise do sangue – sem ter que coletar uma amostra de sangue.

A plataforma foi constituída por: um medidor de pressão arterial no pulso (em vez do acesso no braço); analisador de bioimpedância elétrica para acesso às medidas da composição corporal (em vez de medidas de fita, limitando assim o contato direto com o corpo ao mínimo); complexo de diagnóstico cardiovascular AngioScan-01 e analisador de sangue não invasivo BG20.

“A tecnologia não invasiva é mais rápida, mais barata e não requer médico. Há um grande potencial quando se trata de cuidados de saúde preventivos no futuro e poder fazer testes de saúde regulares antes de ficar doente”, disse o Dr. Sergey Shleev, professor de Tecnologia Biomédica da Universidade Malmö, na Suécia.

O equipamento é conectado a um software chamado MultiSens e todos os resultados são transferidos (automática ou manualmente) para um banco de dados localizado em um notebook. A tecnologia também dispensa o contato físico entre médico e paciente. Portanto, pode ser usada em situações em que a cultura, origem ou religião dificultam a realização de exames convencionais de saúde.

“A nova tecnologia também possibilita coletar mais dados e, em longo prazo, obter uma análise mais completa em relação aos métodos convencionais. Com o rápido desenvolvimento da tecnologia, também teremos ferramentas de medição mais precisas ao longo do tempo”, acrescentou o professor Sergey Shleev.

O estudo é resultado de uma colaboração entre pesquisadores de áreas como biomedicina, ciências da saúde e saúde pública. Os testes foram realizados no distrito de Lindängen, em Malmö, na Suécia. Os participantes do estudo também participam de um programa de pesquisa maior sobre igualdade de saúde. Testes de saúde mais simples eram algo que essa população exigia, por exemplo, para poder medir e ver o efeito dos exercícios físicos.

“O autocuidado será mais difundido no futuro, o que aumenta a necessidade de as pessoas conseguirem acompanhar e medir [parâmetros da] sua própria saúde. Ao vincular esse tipo de medição a outras atividades de promoção da saúde existentes no distrito, a saúde pode ser fortalecida em grupos populacionais que estão à beira de adoecer com doenças crônicas”, disse a Dra. Margareta Rämgård, que lidera o programa de pesquisa no distrito.

Além de integrar a plataforma, o estudo também teve como objetivo investigar a saúde dos participantes e a relação entre parâmetros biomédicos e saúde percebida. As medições mostraram que a saúde geral dos participantes é comparável à média sueca, além de um número maior de pessoas com obesidade no grupo de teste. Os pesquisadores também foram capazes de observar uma correlação entre os resultados dos testes biomédicos e a saúde percebida. Os participantes do estudo aprovaram os novos métodos de medição e foram positivos em relação à continuidade dos testes.

“Não se trata apenas de tecnologia, mas de construir confiança. Dedicamos um tempo para explicar em princípio cada parâmetro que medimos e o que significa, ou seja, os participantes ganharam uma maior compreensão de por que as medições são importantes”, concluiu o Dr. Sergey Shleev.

Os resultados foram publicados na revista Scientific Reports.

Acesse o artigo científico completo (em inglês).

Acesse a notícia completa na página da Universidade Malmö (em inglês).

Fonte: Anna Dahlbeck e Adrian Grist, Universidade Malmö. Imagem: Divulgação, Universidade Malmö.

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