Notícia

Solução inovadora pode detectar problemas cognitivos

Novo instrumento poderá melhorar a identificação de idosos com declínio ou deficit cognitivo ainda em fase precoce

Pixabay

Fonte

Universidade do Porto

Data

segunda-feira, 24 junho 2019 12:50

Áreas

Medicina. Psiquiatria. Geriatria. Gerontologia. Bioinformática.

Uma equipe de pesquisadores de Portugal, Irlanda, Itália e Espanha validou uma nova ferramenta eHealth para utilização em programas de rastreio de deficit cognitivo, característicos de situações de demência, por exemplo. Faz parte da equipe o Dr. Pedro Machado dos Santos, pesquisador do CINTESIS – Centro de Investigação em Tecnologias e Serviços de Saúde e do  Instituto de Ciências Biomédicas Abel Salazar (ICBASda Universidade do Porto, em Portugal.

Os resultados do trabalho de validação desta ferramenta, chamada Qmci-P, foram publicados na revista científica Translational Medicine.

“O Quick Mild Cognitive Impairment (Qmci) é um instrumento rápido de rastreio desenvolvido para diferenciar a cognição normal do deficit cognitivo suave e da demência suave. É uma escala de avaliação sensível a todo o espetro de declínio cognitivo, validada em múltiplos contextos, países e idiomas. É ideal para uma triagem rápida e consequente referenciação para uma avaliação mais compreensiva”, explica o Dr. Pedro dos Santos, primeiro autor do artigo.

O rastreio é feito através de um instrumento com seis subtestes que avaliam dimensões cognitivas como a orientação, a linguagem ou a memória de trabalho. Face a outros instrumentos de rastreio cognitivo, a versão portuguesa do Qmci é igualmente válida, mas a sua aplicação é mais rápida: apenas 3 a 5 minutos, em comparação com 7 a 8 minutos do MMSE e a 10 a 12 minutos do MoCA. A sua rapidez torna este instrumento particularmente indicado para rastreios futuros na comunidade, como por exemplo em Centros de Saúde.

Como o especialista faz questão de sublinhar, “as demências constituem um desafio cada vez mais relevante do ponto de vista social e de saúde pública e têm, reconhecidamente, fortes impactos sociais e econômicos, tendo em conta as diferentes exigências ao longo do seu percurso. Contudo, o seu diagnóstico tende a ser tardio”.

“Existem muitas alterações subliminares que não chegam a receber diagnóstico, mas que exigem cuidados e que tendem a agravar-se com o tempo. Contudo, na prática, as alterações cognitivas em adultos mais velhos são frequentemente subestimadas e atribuídas ao envelhecimento, tanto por profissionais como pelos próprios doentes e famílias, que se sentem desencorajados a procurar ajuda ou a relatar os sintomas”, acrescenta o pesquisador.

A demência é um problema de saúde pública em crescimento, associando-se a um aumento do risco de maior morbilidade, custos elevados e incapacidade. A Organização Mundial de Saúde (OMS) estima que em todo o mundo existam 47,5 milhões de pessoas com demência, número que pode atingir os 75,6 milhões em 2030 e quase triplicar em 2050 para os 135,5 milhões.

Acesse o artigo científico completo (em inglês).

Acesse a notícia completa na página da Universidade do Porto.

Fonte: Cláudia Azevedo/CINTESIS e Mariana Pizarro/ICBAS. Imagem: Pixabay.

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