Notícia

Software nascido na Unicamp auxilia gerenciamento de equipamentos na maior rede de hospitais universitários do Brasil

Pesquisa foi selecionada para o Prêmio Inventores 2021

Pedro Amatuzzi e Renan Garcia, Agência de Inovação da Unicamp

Fonte

Unicamp | Universidade Estadual de Campinas

Data

sexta-feira, 11 junho 2021 06:15

Áreas

Computação. Engenharia Biomédica. Engenharia Clínica. Gestão Hospitalar.

GETS, cuja sigla é a abreviação de Gerenciamento de Tecnologia para a Saúde, é o nome do software web criado na Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) que tem ajudado hospitais espalhados pelo país a acompanharem o dia a dia de milhares de equipamentos médico-hospitalares. Um trabalho interno de pouca visibilidade, mas muito importante para a população, que ganhou destaque com o aumento do uso de dispositivos de suporte à vida durante a pandemia.

O sistema foi licenciado pela Agência de Inovação da Unicamp (Inova Unicamp) para a maior rede de hospitais universitários públicos do Brasil em 2020. Cada um dos 40 centros de referência de média e de alta complexidade do SUS filiados à Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh), empresa pública vinculada ao Ministério da Educação (MEC), recebeu um contrato. O documento prevê a licença de uso do software sem custo para a unidade por uma década. No Laboratório Nacional para Gerenciamento de Tecnologia para Saúde (LNGTS), do Centro de Engenharia Biomédica (CEB) da Unicamp, uma equipe enxuta coordenada pelo Dr. José Wilson Magalhães Bassani, professor da Faculdade de Engenharia Elétrica e de Computação (FEEC) da Unicamp, ainda vai desenvolver complementos que incluem um canal exclusivo de atendimento, materiais para o treinamento de equipes e relatórios de suporte num outro contrato firmado com a Ebserh.

Cientista da Computação e doutor em Engenharia Elétrica formado pela Unicamp, José Bassani foi o responsável pela concepção do projeto do GETS. Era o início dos anos 2000, quando ele começou a desenhar os primeiros gráficos que, anos mais tarde, seriam instantaneamente produzidos por uma rede de computadores montada na Unicamp.

A preocupação do professor, já naquela época, era ter dados e informações confiáveis que pudessem facilitar o trabalho de engenheiros clínicos e auxiliar na tomada de decisão de gestores. “Se alguém chamasse para explicar o que estava acontecendo com os equipamentos do Hospital de Clínicas da Unicamp, queria que as respostas estivessem à mão”, lembrou o pesquisador.

A ideia foi padronizar a nomenclatura dos equipamentos odonto-médico-hospitalares, algo que não existia, e depositar tudo numa base centralizada a partir de um modelo matemático que permitisse uma visão geral do parque tecnológico de saúde. Uma espécie de “ficha corrida” das máquinas.

No entanto, a programação do sistema e o desenvolvimento do software esbarrariam nas limitações técnicas da época. O GETS só viria a funcionar da forma como seus inventores imaginaram dez anos depois, em 2010, com o apoio da engenheira clínica com mestrado na área de Engenharia Biomédica pela FEEC, Ana Cristina Bottura Eboli, e do analista de sistemas Éder Trevisoli da Silva.

Robusto e eficiente

“O GETS nos trouxe controle, padronização e a possibilidade de obter informações rápidas para a tomada de decisões estratégicas no hospital que visam, por exemplo, a aquisição de novas tecnologias e a viabilidade de manutenção dos equipamentos”, conta o engenheiro Gustavo de Castro Vivas, que usa o software desde 2018. Ele é chefe do setor de Engenharia Clínica do Hospital Universitário Cassiano Antonio Moraes (HUCAM), ligado à Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes).

Gustavo Vivas integrou a equipe de engenheiros que analisou uma série de sistemas de gerenciamento disponíveis no mercado para definir a melhor solução que atendesse aos hospitais da rede Ebserh. Ele conta que o fato do GETS ser um sistema sem custos e que já recebeu investimentos do Ministério da Saúde pesou positivamente, mas o que definiu a escolha pela ferramenta desenvolvida na Unicamp foi a robustez do sistema. “O GETS possuía a maioria dos critérios e dos requisitos técnicos exigidos pelo nosso grupo de trabalho”.

Acesse a notícia completa na página da Unicamp.

Fonte: Ana Paula Palazi, Agência de Inovação da Unicamp. Imagem: Pedro Amatuzzi e Renan Garcia, Agência de Inovação da Unicamp.

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