Notícia

Sistema vestível pode permitir alerta precoce para COVID-19

Pesquisadores combinaram o poder de um dispositivo vestível com a análise de big data para rastrear a disseminação e os primeiros sinais da infecção, inclusive entre os profissionais de saúde

Divulgação, Universidade da Califórnia em San Diego

Fonte

Universidade da Califórnia em San Diego

Data

quinta-feira, 9 abril 2020 11:05

Áreas

Bioeletrônica. Bioinformática. Engenharia Biomédica. Saúde Pública.

Para entender melhor os sinais precoces do novo coronavírus e a sua disseminação, médicos e cientistas de dados da Universidade da Califórnia em San Diego (UCSD), nos Estados Unidos, estão trabalhando juntos para usar um dispositivo vestível para monitorar mais de 12.000 pessoas, incluindo milhares de profissionais de saúde. O esforço já está em andamento em hospitais na área da baía de San Francisco e na Universidade da Virgínia Ocidental.

Com base na análise inicial dos dados, os pesquisadores podem ser capazes de prever se alguém está ficando doente; se vai ser leve ou grave; e potencialmente se a doença é especificamente COVID-19. Mas eles querem ampliar o número de participantes [que estão testando o novo dispositivo] para garantir que estão capturando uma amostra representativa da população dos Estados Unidos.

“Nosso primeiro esforço é envolver o maior número possível de pessoas”, disse o Dr. Benjamin Smarr, que lidera o esforço de análise de dados e é professor de ciência de dados e bioengenharia na Escola de Engenharia da UCSD. “Se houver gente suficiente envolvida, podemos cobrir o país inteiro.”

Os participantes do estudo não precisam necessariamente usar o dispositivo vestível. Eles podem simplesmente inserir seus sintomas em um formulário da web. Os participantes do estudo também têm a opção de acessar a coleta de amostras liderada pelo professor Dr. Rob Knight, diretor do Centro de Inovação em Microbiomas da UCSD. As amostras podem incluir resultados de exames que confirmarão infecções e imunidades.

Os pesquisadores estão atentos às preocupações com a privacidade. Quando as pessoas optam pelo estudo, eles disponibilizam seus dados por três meses para a UCSD. O participante é anonimizado antes do início da análise em larga escala na universidade.

O objetivo final é desenvolver o equivalente ao que seria um “mapa meteorológico” para a disseminação e severidade do COVID-19, com base no desenvolvimento de algoritmos para previsão de doenças e alerta precoce, com a ajuda da Dra. Ilkay Altintas, diretora de ciência de dados do Centro de Supercomputação de San Diego. Ela e sua equipe desenvolveram ferramentas para coletar dados sobre incêndios florestais e prever para onde estão indo as chamas. Eles esperam fazer o mesmo com o vírus. Os algoritmos serão divulgados publicamente e qualquer pessoa que fornecer dados terá a opção de contribuir para esses esforços.

O dispositivo vestível é um tipo de anel fornecido pela Oura, uma startup finlandesa. Mais de 10.000 usuários do anel Oura se inscreveram para fornecer dados e preencher questionários para este estudo. Embora não seja um dispositivo de saúde registrado pela FDA, o anel monitora uma série de sinais, incluindo temperatura contínua, freqüência cardíaca, frequência respiratória e atividade [física].

A análise inicial sugere que uma desestabilização da temperatura ocorre alguns dias antes que os sintomas do coronavírus se manifestem. O anel Oura detecta esse padrão. O aplicativo também relata alterações diárias de temperatura, o que pode ser um sinal para os profissionais de saúde verificarem a temperatura com um termômetro e ficarem em casa se estiverem com a temperatura elevada. A startup forneceu o dispositivo gratuitamente a 2.000 profissionais de saúde do Centro Médico da Universidade da Califórnia em San Francisco e do Hospital Geral de San Francisco.

“Nossos profissionais de saúde são provavelmente os mais atingidos”, disse o Dr. Marc Lee, neurocirurgião e professor de neurocirurgia da Universidade Stanford, nos Estados Unidos, e que primeiro trouxe a ideia de usar o dispositivo lá. “Queremos que eles sintam que os estamos apoiando e fornecendo ferramentas para que possam receber um alerta precoce”.

O pesquisador também disse que espera que o estudo ajude a coletar dados cruciais sobre o coronavírus e como ele se manifesta. “Não sabemos o que o estudo mostrará. Mas esta é uma situação única e, de repente, temos um dispositivo onde podemos monitorar um grupo que é muito suscetível à infecção”, concluiu o Dr. Marc Lee.

Acesse a notícia completa na página da Universidade da Califórnia em San Diego (em inglês).

Fonte: Universidade da Califórnia em San Diego. Imagem: Divulgação, Universidade da Califórnia em San Diego.

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