Notícia

Primeiro modelo de olho humano de laboratório traz esperança para pacientes com degeneração macular

De an Sun via Unsplash

Fonte

Universidade de Rochester

Data

quinta-feira, 8 abril 2021 07:55

Áreas

Biomateriais. Engenharia Biomédica. Medicina. Oftalmologia.

A degeneração macular relacionada à idade (DMRI), que leva à perda da visão central, é a causa mais frequente de cegueira em adultos com 50 anos de idade ou mais, afetando cerca de 196 milhões de pessoas em todo o mundo. Não há cura, embora o tratamento possa retardar o início e preservar um pouco a visão.

Recentemente, no entanto, pesquisadores da Universidade de Rochester, nos Estados Unidos, fizeram um avanço importante na busca pela cura da DMRI. O primeiro modelo de laboratório de olho humano tridimensional (3D) imita a parte da retina humana afetada na degeneração macular.

O modelo combina tecido retinal derivado de células-tronco e redes vasculares de pacientes humanos com materiais sintéticos produzidos por bioengenharia em uma “matriz” tridimensional. Notavelmente, o uso de tecido retinal 3D derivado de pacientes permitiu aos pesquisadores investigar os mecanismos subjacentes envolvidos na degeneração macular neovascular avançada, a forma úmida da degeneração macular, que é a forma mais debilitante da doença.

Os pesquisadores também demonstraram que as alterações relacionadas à DMRI úmida em seu modelo de retina humana podem ser direcionadas com drogas.

“Uma vez que tenhamos validado [o modelo] em uma grande amostra, a próxima esperança seria desenvolver terapias medicamentosas racionais e, potencialmente, até mesmo testar a eficácia de um medicamento específico para funcionar em pacientes individuais”, disse a Dra. Ruchira Singh, professora de Oftalmologia de Rochester.

O laboratório da Dra. Danielle Benoit, professora de Engenharia Biomédica e diretora do Programa de Ciência de Materiais da Universidade de Rochester, projetou os materiais sintéticos para a matriz e ajudou a configurá-la, conforme descrito em um artigo publicado na revista científica Cell Stem Cell.

A Dra. Singh disse que as descobertas devem ajudar a resolver um “enorme” debate entre pesquisadores da área que vêm tentando determinar se:

• Defeitos na própria retina são responsáveis ​​pela doença (e se forem, quais partes da retina são responsáveis); ou
• A doença é causada por outros “problemas sistêmicos”, por exemplo, no suprimento de sangue.

Sua pesquisa aponta fortemente para os defeitos da retina como sendo os responsáveis ​​- e, em particular, para os defeitos em uma área chamada epitélio pigmentar da retina (EPR), uma camada de células pigmentadas que nutre as células fotorreceptoras da retina.

Acesse o resumo do artigo científico (em inglês).

Acesse a notícia completa na página da Universidade de Rochester (em inglês).

Fonte: Universidade de Rochester. Imagem: De an Sun via Unsplash.

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