Notícia

Pesquisadores testam técnicas de conservação do tecido ovariano

Prática é indicada a mulheres que querem engravidar após tratamento oncológico

Carol Morena, Faculdade de Medicina da UFMG

Fonte

UFMG | Universidade Federal de Minas Gerais

Data

quarta-feira, 27 fevereiro 2019 13:25

Áreas

Medicina. Biologia.

O congelamento de tecido ovariano é uma alternativa promissora para mulheres que sonham em ter filhos após passarem por tratamento oncológico. Diferentemente do congelamento de óvulos, essa prática permite recuperar a funcionalidade do ovário – tanto no quesito fertilidade quanto em relação à produção de hormônios. Pesquisadores da Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia de Hormônios e Saúde da Mulher (INCT-Hormona) vêm desenvolvendo técnicas para melhorar a conservação do tecido congelado e proporcionar resultados mais positivos ao ser transplantado.

Os avanços já são observados em modelos animais e, ainda neste semestre, as novas técnicas deverão ser testadas em tecido humano. De acordo com o professor do Departamento de Ginecologia e Obstetrícia e um dos pesquisadores envolvidos no projeto, Dr. Fernando Reis, embora a prática de congelamento de tecido ovariano já seja utilizada na medicina reprodutiva, ainda há muito a desenvolver.

O congelamento de tecido é indicado a pacientes que serão submetidas à quimioterapia ou à radioterapia, tratamentos que podem provocar a infertilidade. Quanto mais conservado estiver o tecido, maiores são as chances de sucesso do tratamento. Isso porque os fragmentos do ovário que forem congelados poderão ser transplantados de volta ao corpo da paciente, após sua cura. “Assim, o tecido vai se regenerar, e ela poderá voltar a produzir hormônios, ovular e a engravidar espontaneamente ou por meio de reprodução assistida”, explica o Dr. Fernando Reis.

O grupo pesquisa uma técnica que se vale de novos materiais crioprotetores, para evitar possíveis danos ao tecido exposto ao frio extremo. Na pesquisa, são comparadas duas técnicas de congelamento: a lenta e a ultrarrápida (vitrificação), com e sem polímeros sintéticos, que são produtos químicos que poderiam proteger ainda mais as células.

Essas técnicas vem sendo testadas em ovários de macacas e bovinos. Segundo o professor, a escolha desses animais se deve à semelhança estrutural e funcional com os ovários humanos. Os testes em bovinos utilizam material doado por frigoríficos. Os resultados, possivelmente, serão conhecidos ainda neste ano.

Acesse a notícia completa na página da UFMG.

Fonte: Marcela Brito, Faculdade de Medicina da UFMG. Imagem: Carol Morena, Faculdade de Medicina da UFMG.

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