Notícia

Pesquisadores desenvolvem nova tecnologia para respiração assistida com uso multifuncional

Máscara, chamada de ‘Wolf Mask’, permite atender pacientes com vários tipos de problemas respiratórios

Ribamar Neto, UFC

Fonte

Agência UFC

Data

segunda-feira, 5 dezembro 2022 06:05

Áreas

Biomecânica. Engenharia Biomédica. Medicina. Medicina Intensiva. Pneumologia. Saúde Pública.

Pesquisadores de diversas áreas da Universidade Federal do Ceará (UFC) desenvolveram uma nova máscara de respiração assistida, não invasiva, para ser utilizada por pacientes com problemas respiratórios. Chamada de Wolf Mask, a tecnologia difere de outros equipamentos do tipo devido à sua versatilidade, podendo ser utilizada por pacientes com diversos tipos de problemas respiratórios. A tecnologia acaba de ter sua patente expedida pelo Instituto Nacional de Propriedade Industrial (INPI).

No seu uso mais simples, a Wolf Mask pode ser utilizada junto com ventiladores portáteis, por exemplo BiPAP e CPAP. Em situações complexas, pode ser acoplada a ventiladores mecânicos em Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) e emergências respiratórias.

Mas ela ainda pode ser conectada diretamente aos gases medicinais, seja em emergência (pacientes em uma ambulância, por exemplo), seja para pacientes graves, com necessidade de alto fluxo.

Patente em tempo recorde

O processo de desenvolvimento foi muito rápido. O trabalho do grupo multidisciplinar começou no início de 2021 e, em agosto, o pedido de patente já estava sendo feito ao INPI. Processos como esse podem levar vários anos para gerar um registro de patente. Catorze meses depois, no entanto, o registro já havia sido concedido, beneficiado por uma norma interna do INPI que prioriza a análise de inventos que tenham relação com o combate à COVID-19.

“Existem diversos equipamentos sendo utilizados nessa área, alguns com patentes e outros apenas com licença de uso. Apesar disso, a Wolf Mask mostrou que oferece benefícios que as já existentes não dispõem. A questão da versatilidade, por exemplo. Ela pode ser utilizada tanto em âmbito hospitalar, como ambulatorial ou transporte de pacientes. Ela incorporou diversas características e, no meu modo de ver, esse foi um dos motivos de a patente ter sido concedida”, explicou o professor Dr. Glauco Lobo.

O próximo passo é a conclusão dos estudos clínicos, que irão dimensionar os benefícios do equipamento para diferentes tipos de pacientes: com apneia do sono; no pós-operatório de cirurgia cardíaca; e aqueles com insuficiência respiratória aguda, de enfermaria e emergência. A expectativa dos pesquisadores é que os estudos clínicos sejam concluídos até o início do ano, mas os resultados iniciais já se mostraram promissores.

Se isso se confirmar, o passo seguinte será obter licença da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e o registro para que a máscara possa ser amplamente utilizada. “A Wolf Mask foi uma história de sucesso. Primeiro, porque foi um grupo formado dentro da Universidade, com testes dentro dos hospitais universitários. Segundo, porque nasceu de um grupo multidisciplinar, de ramos (de conhecimento) bem diferentes. E, por fim, porque é uma coisa que veio para ficar: nasceu de uma necessidade, do enfrentamento da COVID-19, que resultou na oportunidade de fazer uma coisa que ficasse por muitos anos, não apenas no combate à COVID”, avaliou o Dr. Arnaldo Aires Peixoto Junior, professor da UFC.

A Wolf Mask tem como inventores responsáveis o professor Dr. Arnaldo Peixoto Junior e a fisioterapeuta Dra. Andréa da Nóbrega Nogueira, ambos do Hospital Universitário Walter Cantídio (HUWC). Também são inventores os professores Carlos Eugênio Moreira de Sousa e Diego Eneas Peres Ricca (Design); Dr. Jarbas Aryel da Silveira e Dr. Fábio Cisne Ribeiro (Engenharia de Teleinformática); além da Dra. Renata dos Santos Vasconcelos, fisioterapeuta do HUWC; e do professor Dr. Renan Magalhães Montenegro Júnior, gerente de Ensino e Pesquisa do Complexo Hospitalar da UFC. Da equipe inventora da Wolf Mask também participam o professor Glauco Lobo, autor da ideia, e o professor Dr. Rodrigo Porto Cavalcanti, coordenador do projeto. O projeto de desenvolvimento contou com financiamento da Fundação Cearense de Pesquisa e Cultura (FCPC).

Acesse a notícia completa na página da Agência UFC.

Fonte: Erick Guimarães, agência UFC; Andréa da Nóbrega Nogueira, fisioterapeuta do HUWC, e Dr. Arnaldo Aires Peixoto Junior, médico do HUWC.

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