Notícia

Pesquisadores desenvolvem interface cérebro-máquina que melhora a comunicação de pacientes com ELA ou síndrome da clausura

Aplicativo recebe e interpreta sinais que são gerados devido a estímulos visuais na forma de letras e os transforma em palavras e sons

Divulgação, Universidade de Málaga

Fonte

Universidade de Málaga

Data

quinta-feira, 8 agosto 2019 12:10

Áreas

Bioeletrônica. Bioinformática. Engenharia Biomédica. Neurociências.

Melhorar a comunicação daqueles que sofrem de Esclerose Lateral Amiotrófica (ELA) ou da síndrome da clausura é o objetivo do grupo de pesquisa ‘DIANA’ da Universidade de Málaga, na Espanha, que há mais de 15 anos tem trabalhado para avançar no desenvolvimento de sistemas de tecnologia avançada que podem ter conexão com o cérebro, destinado a pessoas com deficiência.

Recentemente, os pesquisadores desenvolveram um aplicativo chamado “UMA-BCI Speller“, que interpreta as reações do cérebro a estímulos visuais na forma de cartas ou desenhos e cria mensagens que podem ser entregues graças a um sintetizador de voz.

Assim, esta ferramenta atua como uma interface entre um leitor de encefalograma e um sistema de computador capaz de traduzir esses impulsos em ações concretas, como escrever uma palavra ou emitir uma mensagem de áudio. “Para isso, o aplicativo cria um ambiente gráfico mais amigável e intuitivo, semelhante ao ambiente de um smartphone, o que evita que o usuário tenha que conhecer as habilidades do computador”, explica o professor Dr. Ricardo Ron, responsável pelo projeto.

Tecnologia acessível

O especialista ressalta que o objetivo desta pesquisa é que qualquer paciente ou cuidador possa acessar esse tipo de solução, sem a necessidade de conhecimentos prévios de informática.

“Já existem outros sistemas que funcionam nesse sentido. No entanto, não há aplicações de comunicação fáceis de manipular como a que propomos e, mais importante, acessíveis, devido ao seu baixo custo, para a grande maioria dos pacientes ”, diz o professor da Universidade de Málaga. Para ajudar a democratizar esses programas, a equipe de pesquisadores atuou em duas frentes. Primeiro, estabelecendo a maioria dos parâmetros que esses sistemas exigem para funcionar como padrão. Isso evita que o usuário tenha que fazê-lo manualmente e reduz o tempo necessário para o primeiro a apenas uma hora. Além disso, os pesquisadores criaram um ambiente gráfico, baseado em um sistema de janelas e com um teclado virtual que se adapta às necessidades de cada pessoa e a partir do qual todo o sistema é controlado.

Recursos que simplificam a expressão de idéias ou necessidades também foram incorporados. “Trabalhamos com textos preditivos, para que você não precise escrever a palavra inteira, mas também com pictogramas que representam instantaneamente necessidades como fome ou sede e tornam a comunicação mais ágil”, explica o Dr. Ricardo Ron.

Com tudo isso, um paciente com disfunção motora poderia escrever “olá” ou “sonhar” em um computador apenas olhando as letras que você quer imprimir ou um desenho específico (acenando com a mão ou a lua, por exemplo).

Os resultados alcançados até aqui na pesquisa foram publicados na revista científica Computer Methods and Programs in Biomedicine. Atualmente, o projeto continua não apenas na melhoria do aplicativo, mas também na sua integração em um pacote completo que permita que o aplicativo seja usado não apenas no ambiente científico.

Assista ao vídeo de apresentação do projeto:

Acesse o resumo do artigo científico (em inglês).

Acesse a notícia completa na página da Universidade de Málaga (em espanhol).

Fonte: Universidade de Málaga. Imagem: Divulgação, Universidade de Málaga.

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