Notícia

Pesquisadores criam dispositivo para replicar condições em vasos sanguíneos após enxertos

Inovação pode revolucionar os enxertos de vasos sanguíneos, necessários em transplantes, pontes de safena e outras cirurgias

Divulgação, Universidade McMaster

Fonte

Universidade McMaster

Data

sábado, 13 agosto 2022 06:50

Áreas

Bioengenharia. Biologia. Biomecânica. Biotecnologia. Ciência dos Materiais. Cirurgia. Engenharia Biomédica. Hematologia. Medicina.

O Dr. Tohid Didar, professor de Engenharia da Universidade McMaster, no Canadá, e o Dr. Jeff Weitz, hematologista, professor de Medicina e diretor executivo do Thrombosis & Atherosclerosis Research Institute, colaboraram para criar um material altamente promissor para melhorar o sucesso dos enxertos vasculares.

A ideia revolucionária é uma superfície antiaderente, combinada com componentes biológicos, que pode repelir todas as células – exceto um grupo-alvo de células – que formam o revestimento natural das veias e artérias do corpo. O material antiaderente evita que as proteínas e as células fiquem ‘coladas’ nas paredes internas dos vasos sanguíneos, onde podem formar perigosos coágulos sanguíneos.

Essa inovação pode revolucionar os enxertos de vasos sanguíneos, necessários em transplantes, pontes de safena e outras cirurgias, como forma de direcionar o sangue em torno de áreas bloqueadas ou para substituir os próprios vasos sanguíneos danificados ou com vazamento.

Os pesquisadores já haviam mostrado que o novo material funcionava com amostras de sangue estáticas, mas antes que pudessem testar a tecnologia em animais ou humanos, eles precisavam ter a maior certeza possível de que poderia funcionar em condições de fluxo semelhantes às que ocorrem em artérias ou veias.

Para fazer isso, a equipe de pesquisa criou um dispositivo para testar a inovação antiaderente e tecnologias futuras. A pequena ferramenta – que os pesquisadores chamam de ‘enxerto em um chip’ – replica de perto seções curtas de vasos sanguíneos humanos, permitindo que os pesquisadores criem condições de fluxo variáveis ​​que são muito próximas às encontradas no corpo, ao mesmo tempo em que se pode observar o que está acontecendo.

O dispositivo possui quatro canais, para permitir a comparação simultânea de quatro enxertos diferentes.

“A necessidade não atendida em meu campo [de pesquisa] é fazer enxertos melhores, e a melhor maneira de fazer isso é ter materiais melhores que possam resistir à coagulação. Isso nos permitirá entender como essas superfícies realmente funcionam em condições reais”, disse o Dr. Jeff Weitz.

O novo dispositivo, descrito em um artigo publicado na revista científica Advanced Functional Materials, permitirá que os pesquisadores observem exatamente o que está acontecendo dentro de um enxerto tratado, até o nível de células individuais, e simultaneamente comparem o desempenho de versões de enxertos modificados e não modificados.

Além do Dr. Tohid Didar e do Dr. Jeff Weitz, participaram da pesquisa Veronica A. Bot e Amid Shakeri. Veronica assumiu a liderança do estudo, que fazia parte de sua pesquisa de mestrado em Engenharia Biomédica na Universidade McMaster.

“O uso deste dispositivo nos dará uma janela para um processo que nunca pudemos ver antes: como os coágulos se formam no ambiente natural em enxertos vasculares e, idealmente, como eles não se formam no ambiente tratado”, destacou o Dr. Tohid Didar.

O conhecimento que os pesquisadores planejam desenvolver com o novo dispositivo pode levá-los muito mais perto de desenvolver a tecnologia de enxerto até a comercialização. Se a tecnologia provar ser tão bem-sucedida no corpo humano quanto no laboratório, será uma grande ajuda para pessoas de todo o mundo.

Acesse o artigo científico completo (em inglês).

Acesse a notícia completa na página da Universidade McMaster (em inglês).

Fonte: Wade Hemsworth, Universidade McMaster. Imagem: A pequena ferramenta replica quatro seções diferentes de vasos sanguíneos humanos, permitindo que os pesquisadores criem condições de fluxo variáveis próximas às do corpo e permitindo que observem o que está acontecendo. Fonte: Divulgação, Universidade McMaster.

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